A Pele Que Habitas

Se ao subires
Os trinta
Os cinquenta
Os oitenta andares de um prédio
Tivesse
O elevador
O piso transparente
Em acrílico ou vidro
A te mostrar o fosso
Abaixo de ti
O negro da gravidade
Ávido e à espreita de te abocanhar
Te sentirias confortável em tua viagem?
 
E se a vida,
Te vinda em presente ou castigo,
Ao longo dos seus trinta
Dos seus cinquenta
Dos seus oitenta anos
Tivesse também
O assoalho transparente?
 
Te sentirias tão bem e despreocupada
Na pele em que habitas?

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