Cerveja-Feira (21)

O cerveja-feira da semana vai (e já com certo atraso) para a banda de rock que mais já fez pela divulgação da cerveja na história. Na históra da cerveja e na do rock. A mascote da banda é uma garrafa de cerveja de 600 ml e de casco escuro, a famosa e clássica ampola. Uma garrafa sempre ávida e babando por rock'n'roll e putaria. Que a outra paixão da banda, regida pela batuta sempre ébria do maestro Paulão, é a mulher!
É A Banda das Velhas Virgens (nome "emprestado" do filme homônimo do gênio Amácio Mazzaropi). Uma das raríssimas bandas de rock 100% heterossexual! No Brasil, ela e o Camisa de Vênus. E só.
A Banda  das Velhas Virgens - ou, simplesmente e para simplificar, as Velhas Virgens - é rockão das antigas feito por machos das antigas. Se a Bossa Nova é foda, como quer o mano Caetano, o rock das Velhas Virgens, como proclamou Edy Star, é fodaço.
A temática da banda é invariável, a mesma desde o primeiro CD, lançado em 1995, o Foi Bom Pra Você?, as Velhas Virgens não decepcionam seu público, dão o que ele quer ouvir. As letras versam insaciavelmente sobre cerveja e mulher, esta perfeita dupla unida pelos laços indissolúveis do sagrado matrimônio do rock'n'roll.
São das Velhas Virgens, a poucos exemplos, as raras pérolas de nosso rock cada vez mais abaitolado : Foi só pra te comer, Abre essas pernas, Blues do Velcro, Siririca Baby, Esse seu Buraquinho, A Mulher do Diabo, Homem do Bigode Cheiroso, Vocês não sabem como é bom aqui dentro, E o que é que a gente quer? (B.U.C.E.T.A), Uns Drinks, Pão com Cerveja, Cerveja na Veia, Todos os Dias a Cerveja Salva a Minha Vida, Madrugada e Meia, Enfia ni mim e, a que eu colocarei ao fim da postagem, De Bar em Bar Pela Noite, com a participação especial de Marcelo Nova, vocalista da supracitada banda Camisa de Vênus. Mal  a música começa e Marceleza já pergunta a Paulão : "tá chovendo xoxota, aí, meu filho?". Que emenda com o refrão : "de bar em bar pela noite, atrás de cerveja e mulher". "Mas que não seja velha nem virgem", exige Marcelo Nova ao fim da canção.
Nos palcos, as Velhas Virgens são ainda melhores que no estúdio. A banda sempre se faz acompanhar por uma gostosa em suas apresentações e turnês. Uma delícia que faz as vezes de vocalista, de backing vocal, de dançarina, de vedete e striper. Desde 2008, a titular do cargo tem sido a ruiva mefistófeles Juliana Kosso, que leva à loucura e ao delírio o público das Velhas Virgens, formado basicamente por punheteiros cabações.
É das Velhas Virgens, o cerveja-feira da semana.

De Bar em Bar Pela Noite
(Velhas Virgens)
Nada que eu possa dizer
Vai te fazer entender
Que esse papo de trampo nunca foi pra mim
O que eu quero na vida é somente viver

Curtindo o que a vida me dá
De presente
De bar em bar pela noite
Atrás de cerveja e mulher

Nada que eu possa fazer
Vai te fazer me seguir
Tenho o destino marcado e o corpo fechado
Só quero estar vivo, só quero viver

Curtindo o que a vida me dá
De presente
De bar em bar pela noite
Atrás de cerveja e mulher

Tudo aquilo que eu disser
Pode mudar amanhã
Não sou dono da verdade não quero seu ódio
Não quero piedade nem o seu perdão

Curtindo o que a vida me dá
De presente
De bar em bar pela noite
Atrás de cerveja e mulher

De bar em bar pela noite
Cada um escolhe o que quer
De bar em bar pela noite
Curtindo tudo que vier
De bar em bar pela noite
Atrás de cerveja e mulher

Nada de vestibular
Nada de preocupação
Tudo que a vida me ensina é a grana, a amizade
Curtir, a verdade e amar meu irmão

Curtindo o que a vida me dá
De presente
De bar em bar pela noite
Atrás de cerveja e mulher.

Para ouvir a música, é só clicar aqui, no meu maltado e fermentado MARRETÃO.

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4 Comentários

  1. Não tenho dúvida de que essa seria a banda predileta de meu cunhado falecido! Agora, fiquei cismado: onde entra Edy Star nessa história? Ele é o único remanescente dos quatro malucos que gravaram "A Sociedade da Grã-Ordem Kavernista". E atendia também pelo mimoso codinome "Edith Cooper".

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    1. Sim, Edy Star é o último kavernista vivo. Raul, Sérgio Sampaio e Miriam Batucada já foram ter com o capeta.
      Edith Cooper não era bem um apelido do Edy, é o título de uma música composta pelo Gilberto Gil especialmente para o primeiro e único (até 2017) LP de Edy Star, lançado em 1974, o icônico disco "Sweet Edy".
      Em 2017, quarenta e três anos depois de Sweet Edy, Zeca Baleiro produziu o segundo registro fonográfico de Edy Star, o CD Cabaré Star, no qual, e finalmente chegando à sua pergunta, figura a faixa "O rock'n'roll é fodaço", uma canção-resposta à Bossa Nova é Foda, do Caetano. Caetano que, inclusive, compôs a canção "Merda" para Edy gravar neste CD e faz participação especial em outra faixa, Se o cantor calar.
      Em tempo e por fim : o apelido de Edy Star, lá na Bahia, segundo a viperina língua de Raul, era Edy Bofélia.
      http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/post/edy-expoe-teatralidade-dionisiaca-na-trilha-apimentada-de-cabare-star.html

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  2. Para complementar a trilha sonora, uma banda gringa de trash metal: Tankard, também focada na temática cervejeira.

    E há também a banda escocesa Turisas, que têm por hábito degustar cervejas locais nos países onde fazem turnê? Adivinha o que levaram pros caras beberem no Brasil?

    https://whiplash.net/materias/news_798/231662-turisas.html

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    1. Pãããããta... foram dar logo Skol pros caras beberem!!! Até eu, defensor e simpatizante das boas e baratas, nunca gostei de Skol. Mesmo em tempos anteriores às tais puros maltes, quando só havia uma meia dúzia de marcas de cerveja no Brasil, nunca gostei da Skol. Só a tomava mesmo se não houvesse outra por perto.

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