Em um universo paralelo, Fernando Haddad é o presidente do Brasil; e ele foi ontem à posse de Nicolás Maduro, com uma grande comitiva, incluindo o ministro da Justiça, Renan Calheiros, o ministro da educação, Lindebergh Farias, o ministro da habitação Guilherme Boulos, o ministro da cultura, Jean Wyllis e a ministra da mulher, direitos humanos e promoção social, Dilma Rousseff.
Também foi acompanhado do ex-presidente Lula, solto por um habeas corpus comcedido pelo ministro Marco Aurélio Mello horas após a posse. O ativista italiano Cesare Battisti acompanhou a delegação como convidado especial da Presidência.
Em Caracas, Haddad se uniu aos chefes de estado de Cuba, Bolívia, El Salvador e Nicarágua, os únicos a prestigiarem a cerimônia. Mas quem roubou a cena foi mesmo Lula que, em um discurso emocionado, enalteceu os avanços sociais na Venezuela e a coragem de Maduro, na "defesa intransigente da democracia e da soberania nacional".
No Brasil, a presidenta em exercício, Manuela D´Ávila aproveitou para assinar o decreto que institui o 1º de janeiro como o "Dia do Lula Livre" e abriu o Palácio do Planalto para os movimentos sociais, como o MST, a Via Campesina, associações LGBT, além de cantores de funk, grafiteiros, artesões e grupos de dança de rua, que promoveram um grande sarau.
Enquanto isso, na internet, em uma live transmitida da garagem de sua casa, o ex-deputado e ex-candidato à Presidência, Jair Bolsonaro, protestou veementemente contra o que classificou como "uma vergonha mundial para o Brasil".
No Twitter, apoiadores de Bolsonaro dividiram-se entre os inconformados que culpam uma suposta fraude na eleição ocasionada pelas urnas eletrônicas, e os que jamais perdoaram os eleitores de Geraldo Alckmin e João Amoedo.
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