Em tempos pródigos em Masters Chefs e outros big brothers culinários, o Azarão resolveu sair da despensa e revelar ao mundo os seu dotes gastronômicos.
Trago-vos, sem maiores delongas, o Macarrão à Azaronesca, prato de acentuada inspiração na cozinha italiana, uma combinação única, um amálgama e uma síntese de minhas ascendências da Calábria.
Não pensem, contudo, que, por isso, o Macarrão à Azaronesca seja um prato regional, uma receita caseira herdada da nona, ou comida servida em self services e botecos pé-sujos.
O Macarrão à Azaronesca é iguaria de alto refinamento, conhecida nos principais polos gastrônomicos mundiais, por outros nomes, claro. Em Paris, não há bistrô que não traga em seus menus a Le merville pâtes du Malheureux; em Madri, as dançarinas de flamengo tocam castanholas e gritam olé para El espagueti del Malasuerte; em Tóquio, a japonesada arregala os olhos de prazer ao levar os pauzinhos à boca com o Macaron do Azaron, né?; em Berlim, os chucrutes levantam seus canecões de cerveja e saúdam em uníssono a Pasta Heil, Azarrrrron!
À receita, pois :
Macarrão à Azaronesca
tempo de preparo : 1h30
dificuldade : médio
rendimento : 8 a 12 porções
Ingredientes
- 250 g de macarrão parafuso tricolor
- 1 brócolis ninja médio (300-400g)
- 2 gomos grandes (3 se o cozinheiro for viado) de linguiça calabresa defumada
- 3 dentes não cariados de alho
- 1 caixa de tomates-cereja
- 1 maço de manjericão fresco, ou 10 g do desidratado
- 4 latas de cerveja.
Modo de preparo
- Cozinhar por 8-10 minutos o macarrão em água com sal e óleo. O amido e o glúten da massa compõem a base da receita, dando o toque aveludado, macio e aconchegante do prato - uma pantufa para paladares carentes. E tem que ser obrigatoriamente o macarrão tipo parafuso tricolor, esse é um item insubstituível. Isso porque um bom prato deve falar ao maior número possível dos nossos sentidos. As voltas do parafuso são sequências matemáticas de Fibonacci - nos toca o intelecto - e as cores sortidas do macarrão dão um toque lúdico ao prato, um sabor de infância, de lápis de cor e de gizes de cera;
- O brócolis, cozido no vapor, traz o verde à construção do prato, permeando-o com o frescor e a leveza de um passeio matutino pelos campos bucólicos da alma e das papilas gustativas. Acrescentá-lo picado ao macarrão;
- Cortar a linguiça calabresa em rodelas grossas e, depois, em cruz e fritar os pedaços na própria gordura. A linguiça agregará o sabor, a sustância e o brilho da gordura ao prato, além de também imprimir uma certa rusticidade, um elemento de macheza, uma paudurescência, uma assinatura masculina ao produto final. Juntar a linguiça ao macarrão e ao brócolis e reservar a gordura liberada;
- Descascar alho, picar alho, socar alho, fritá-lo na gordura da linguiça e juntar tudo ao macarrão, ao brócolis e à linguiça, incorporando à receita as suas propriedades medicinais, seu luxuoso odor e protegendo contra o mau-olhado;
- Acrescentar os tomates-cereja, que irão equilibrar a arquitetura do prato com sua acidez discreta, passivo-agressiva;
- Espalhar, feito folhas caducifólias de inverno, o manjericão, que trará ao prato ares mediterrâneos e elementos antioxidantes, fazendo um contraponto a um possível excesso de gordura da linguiça.
- Por fim, é só misturar tudo. De preferência com as mãos. Dê preferência às mãos.
Como bem se pode ver, o Macarrão à Azaronesca é um prato que transcende o gourmet, um prato que, muito mais que várias camadas de sabor, apresenta uma hierarquia de sabores, cores, odores e texturas.
E as quatro latas de cerveja, poderão perguntar os mais metódicos, onde entram na receita? São pro cozinheiro ir bebendo durante a hora e meia de preparo do prato, ora porra!
Apesar da notoriedade internacional do prato, existe ainda uma barreira de preconceito muito grande contra a gastronomia brasileira. O Macarrão à Azaronesca nunca foi laureado com nenhum dos principais prêmios da cozinha internacional. Nunca ganhei uma estrela de Michelin. Só uma do PT.
Pããããããata que o pariu!!!!
em tempo : os que gostaram do Macarrão à Azaronesca poderão também se interessar pela Sopa de Tomates do Azarão.
À receita, pois :
Macarrão à Azaronesca
tempo de preparo : 1h30
dificuldade : médio
rendimento : 8 a 12 porções
Ingredientes
- 250 g de macarrão parafuso tricolor
- 1 brócolis ninja médio (300-400g)
- 2 gomos grandes (3 se o cozinheiro for viado) de linguiça calabresa defumada
- 3 dentes não cariados de alho
- 1 caixa de tomates-cereja
- 1 maço de manjericão fresco, ou 10 g do desidratado
- 4 latas de cerveja.
Modo de preparo
- Cozinhar por 8-10 minutos o macarrão em água com sal e óleo. O amido e o glúten da massa compõem a base da receita, dando o toque aveludado, macio e aconchegante do prato - uma pantufa para paladares carentes. E tem que ser obrigatoriamente o macarrão tipo parafuso tricolor, esse é um item insubstituível. Isso porque um bom prato deve falar ao maior número possível dos nossos sentidos. As voltas do parafuso são sequências matemáticas de Fibonacci - nos toca o intelecto - e as cores sortidas do macarrão dão um toque lúdico ao prato, um sabor de infância, de lápis de cor e de gizes de cera;
- O brócolis, cozido no vapor, traz o verde à construção do prato, permeando-o com o frescor e a leveza de um passeio matutino pelos campos bucólicos da alma e das papilas gustativas. Acrescentá-lo picado ao macarrão;
- Cortar a linguiça calabresa em rodelas grossas e, depois, em cruz e fritar os pedaços na própria gordura. A linguiça agregará o sabor, a sustância e o brilho da gordura ao prato, além de também imprimir uma certa rusticidade, um elemento de macheza, uma paudurescência, uma assinatura masculina ao produto final. Juntar a linguiça ao macarrão e ao brócolis e reservar a gordura liberada;
- Descascar alho, picar alho, socar alho, fritá-lo na gordura da linguiça e juntar tudo ao macarrão, ao brócolis e à linguiça, incorporando à receita as suas propriedades medicinais, seu luxuoso odor e protegendo contra o mau-olhado;
- Acrescentar os tomates-cereja, que irão equilibrar a arquitetura do prato com sua acidez discreta, passivo-agressiva;
- Espalhar, feito folhas caducifólias de inverno, o manjericão, que trará ao prato ares mediterrâneos e elementos antioxidantes, fazendo um contraponto a um possível excesso de gordura da linguiça.
- Por fim, é só misturar tudo. De preferência com as mãos. Dê preferência às mãos.
E as quatro latas de cerveja, poderão perguntar os mais metódicos, onde entram na receita? São pro cozinheiro ir bebendo durante a hora e meia de preparo do prato, ora porra!
Apesar da notoriedade internacional do prato, existe ainda uma barreira de preconceito muito grande contra a gastronomia brasileira. O Macarrão à Azaronesca nunca foi laureado com nenhum dos principais prêmios da cozinha internacional. Nunca ganhei uma estrela de Michelin. Só uma do PT.
Pããããããata que o pariu!!!!
em tempo : os que gostaram do Macarrão à Azaronesca poderão também se interessar pela Sopa de Tomates do Azarão.
8 Comentários
Macarrão para mim é igual sopa de pedra: se tirar a pedra eu como o resto. Mas acho que não pegar bem comer o Azaronesca. Neste caso, prefiriria o spaghetti alla puttanesca. Bastaria tirar o spaghetti.
ResponderExcluirEscrever sem óculos é foda, o texto fica cheio de erros
ExcluirSerá que você descobriu o grande problema da educação, o grande entrave dessa geração atual de apedeutas? Será que os textos, trabalhos e tarefas dignos de terem saído da caneta do Tiririca são, na verdade, a falta de lentes corretivas?
ExcluirDeve ter ficado uma bosta
ResponderExcluirSua mãe gostou. Principalmente do linguição!!!
ExcluirQuatro latas de cerveja?? Sério? Eu amo massa, se tem um troço que me conquista pelo estômago é isso, mas tb tô meio cética dessa receita aí de Ana Maria Brega, ficou bom mesmo?
ResponderExcluir"J"
Ahhhh tahhh, agora que eu li onde entra a porra da cerveja, é no cu do cozinheiro kkkk
ResponderExcluirAgoraaaaaaaaaaa, vou experimentar (a receita, claro)
"J"
Já pode se inscrever para o Master Chef
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