A Marreta Incômoda e Truculenta, Porém, Verdadeira e de Alta Precisão, de João Baptista Figueiredo

João Baptista Figueiredo foi o último dos presidentes do governo militar, que se estendeu de 1964 a 1985. Foi o presidente que promoveu a tal da abertura ampla, geral e irrestrita, que, entre outras coisas, trouxe de volta do exílio um monte de subversivos safados e oficializou a quadrilha conhecida como PT em um partido político. Em defesa de Figueiredo, devo dizer, e há registros confiáveis disso, que ele o fez a contragosto, fez porque é um soldado, um militar que obedece sem questionar a ordens superiores. Pode nem concordar com elas, o que foi notadamente o caso de Figueiredo, mas as cumpre.
Além de general cinco estrelas e Presidente do Brasil, Figueiredo foi também um frasista de primeira linha. De uma mordacidade que nada fica a dever a Bernard Shaw, Groucho Marx, ou Millôr Fernandes.
A seguir, algumas de suas pérolas. A primeira, depois de tanto tempo em contato com o povo, é a minha preferida.

“Prefiro cheiro de cavalo do que cheiro de povo.”;
“Não posso obrigar o povo a gostar de mim. Sou o que sou, não vou mudar para que o povo goste.”;
“Me envaideço de ser grosso.”;
“Quem for contra a abertura, eu prendo e arrebento.”;
"Peço ao povo que me esqueça";
“O turco não sentará no meu lugar de maneira nenhuma” (sobre a possibilidade de Paulo Maluf ser eleito no colégio eleitoral);
“Tancredo never” (por ocasião da morte de Tancredo Neves, primeiro presidente eleito após o governo militar, que morreu sem tomar posse e nos deixou de herança a desgraça do Aécio);
"Vocês querem, então vou reconhecer esse sindicato (PT). Mas não esqueçam que esse partido chegará ao poder. Lá estando, tudo fará para instituir o comunismo. Nesse dia, vocês vão querer tirá-lo de lá. E para tirá-lo de lá será à custa de muito sangue. Sangue brasileiro.";
"Um povo que não sabe nem escovar os dentes, não está preparado para votar." 

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