A Busca Continua, Companheiro

Muitos pensaram (torceram contra, fizeram troça, rogaram praga, até) que, após minha malograda, trágica e quase traumática experiência com a barata, ruim e, provavelmente, inexistente cerveja Royal Pilsen, eu, por fim, capitularia, amarelaria, desistiria de minha messiânica busca pela cerveja boa e barata. Que eu jamais passaria de novo por perto das prateleiras do mercado das cervejas mais populares, que eu viraria um cervejeiro artesanal.
Porra nenhuma! Cervejeiro artesanal é o cacete! As pregas continuam no lugar! Só dei um tempo por precaução. Feito lutador nocauteado que se afasta temporariamente dos ringues para se recuperar das lesões e observar possíveis sequelas. Mais de um mês e tudo certo. Nem sinal de envenamento químico e/ou radiativo. Nada de queda de cabelo, de descamação da pele, de pústula e sarcomas, nada de falência renal ou hepática e, principalmente, nada de broxidão. Decidi que estava pronto para outra.
Quarta-feira, voltando do banco pelo centro cada vez mais feio, sujo, barulhento, desorganizado e poluído de povo e de vendedores ambulantes da cidade, dei uma passada na rede de supermercados Dia, para comprar lá umas coisinhas. Passei pelo setor das cervejas e lá estava ela : Prosit.
De cara, gostei da lata, de um vermelho vivo e confiante e com um desenho bem caprichado dum alemão e seu canecão. Agradou-me, igualmente, o preço, R$ 1,19. Gato escaldado pela Royal, porém, fui comedido e parcimonioso, comprei apenas duas latinhas.
Pu-la a gelar e a provei. É cerveja leve, uma linha da bebida com menores teores alcoólicos - 3,8% contra os costumeiros 4,5 ou 5% -, cerveja para não bebuns, para consumidores moderados (o que não é o meu caso), para mulheres - geralmente mais suscetíveis ao efeito do álcool - e viadinhos em geral. Cerveja que até meu amigo JB pode tomar. Mas é boa. A aparência, o gosto, o aroma não ficam nada a dever para as cervejas comerciais mais corriqueiras, Skol, Brahma, Bavaria, Kaiser, Crystal etc. Inclusive, bem melhor que a Skol (nunca gostei da Skol) e a Kaiser. E com o precinho compatível com o salário do Professor Raimundo, e com o meu, também.
Minha opinião coincide com as dos especialistas do site Brejas.
As notas do site vão de 0 a 5, sendo que para conseguir um quatro ou um cinco tem que ser cerveja artesanal, com adição de malte e lúpulo importados, sabores exóticos etc, ou seja, tem que ser cerveja de viado.
Se vou voltar ao Dia e comprar mais da Prosit? Pããããããta que o pariu se vou!!!
Ein prosit, Ein prosit, amigos do Marreta. Que, em alemão, significa um brinde, um brinde.

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7 Comentários

  1. Deixa eu te perguntar o que você faz com as latinhas vazias? Essa por exemplo nunca vi mais gelada.
    "J"

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    1. Algumas, como essa, eu guardo; a Royal já foi pro lixo, até porque nem era bonita visualmente.

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  2. JB não bebe mais bebida alcóolica! A única exceção seria aquela (aquela!) cerveja europeia que tem um gosto, digamos, "sui generis".

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    1. Realmente, por aquela! cerveja compensaria quebrar a abstinência!

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  3. Do jeito que você gosta, com a imagem de um alemão
    Você parece que tem um escorpião no bolso, adora expor suas economias e se gabar de ter lucrado

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    1. Margá, corno amigo!!! Que bom tê-lo de novo por aqui. Sabes bem o nome do escorpião que carrego ao bolso, né? É Margá, a bichona de Mogi Mirim.
      Quando vais me pagar aquele fardo de Glacial, dívida que contraíste em nossa aposta sobre a queda ou não da Dilma, e que eu, óbvio,ganhei?

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  4. Quem é esse corno? Porque eu não sou
    Sou de SP e só tomo cerveja puro malte, sendo a Heineken a minha preferida

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