Tchau, Querida! (Ou : Fora Vermelhoides Filhos das Putas)

Não gosto de repostagens, acredito que essa deva ser a segunda ou terceira entre as mais de 2000 postagens do Marreta. Mas ainda assim, não gosto. Fica parecendo coisa de rockeiro sessentão ou setentão que fica a cantar para sempre os seus primeiros sucessos sentado no banquinho (no meu caso, a republicar meus primeiros fracassos), pois não tem mais forças para pular no palco nem para novas composições de mesma força.
Reposto-a, contudo, primeiro porque a parte do envelhecimento, fraqueza e falta de inspiração é verdadeira e, segundo, porque acredito mesmo que esse texto representa muitíssimo bem o momento que vivemos : há cerca de 15 minutos, foi decidido o afastamento da presidente Dilma Rousseff, quiçá a última vermelha escrota que estará à frente da nação verde-amarela. 
Para amanhã, ou depois, prometo um texto novo a esse respeito, que mostrará que o impeachment de Dilma é vontade de Deus.

Verde Que Te Quero Verde



O vermelho nunca foi inclinação natural da terra brasilis,
O verde sempre foi nossa nativa vocação,
Ainda que desmatado, sempre o verde.
Carnavalizaram demais com o verde,
Vestiram o papagaio com pele de lobo,
Lobo das estepes, o lobo do homem.
Fantasiaram o portuga-afro-índio de cossaco,
Puseram a foice e o martelo em suas mãos
(logo nas de quem...).
Deu no que deu!
Uma transfusão se faz urgente,
Do sangue pela seiva,
Do vermelho pelo verde.
Pelo verde-oliva, se necessário for ou se mostrar.
Sim, pelo verde-oliva
E por que não?
Já deu certo uma vez, não deu?
Não é mais hora
Nem há mais espaço para conciliações e conchavos.
É hora de redefinições e novos maniqueísmos,
Que as elocubrações, intermédios e meios tons
Sejam deixados nos lugares que bem lhes cabem,
Nas conversas de boteco e nos livros de filosofia.
A realidade é dicotômica:
Verde é verde, vermelho é vermelho.
Tente misturá-los e terá um marrom-merda em suas mãos,
O marrom-merda que tomou conta do país nas últimas décadas,
Marcadamente na última.
Não é mais hora de moderações,
Do equilibrista em cima do muro,
Não é mais hora de confusões e conluios cromáticos,
Não é mais hora para daltonismos:
Verde que te quero verde.

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