Pletismógrafo, o Polígrafo do Caralho!

O pletismógrafo é um aparelho de uso médico que se presta a medir a variação do tamanho/volume de órgãos ou estruturas do corpo humano em função do afluxo de sangue ou de ar através dos mesmos. É composto basicamente de uma cinta, parecida com aquelas braçadeiras dos aferidores de pressão arterial, variável em tamanho, de acordo com o órgão a ser envolvido e avaliado, preenchida por um fluido sensível à variações de pressão, que pode ser o ar ou o mercúrio, e ligada a um cabo através do qual os estímulos captados por sensores são levados a um processador eletrônico, um tipo de osciloscópio que converte os dados em um gráfico de picos e vales.
Inicialmente, o pletismógrafo foi projetado para medir a tonicidade e a capacidade muscular, tendo suas maiores aplicações na área da pneumologia. A exemplos, o plestimógrafo é capaz de determinar volumes pulmonares (mede o volume de ar total retido nos pulmões), a resistência das vias aéreas (avalia a maior ou menor facilidade da passagem do ar nas vias aéreas), as pressões respiratórias máximas (avalia a força da musculatura responsável pela respiração) etc. O que o tornou em um valoroso aliado na detecção e no diagnóstico de doenças pulmonares bem como nas avaliações pré e pós-operatórias.
Só que o ser humano é incapaz de aplicar seu conhecimento apenas a serviço do bem, de limitar o uso de sua tecnologia às grandes causas - o ser humano é, ele próprio, a pequena causa mais mal resolvida da Natureza. O ser humano bem que tenta se dar sérios e circunspectos ares, mas a verdade é que ele, como diria a saudosa Dona Bela, da Escolinha do Professor Raimundo, só pensa "naquilo". Por "naquilo", entenda-se sacanagem, putaria, a famosa furunfa.
Vai daí que o médico e sexólogo tcheco Kurt Freund (não confundir com o Sigmund Freud, embora Freund, provavelmente, fosse tão doente e pervertido quanto o seu quase xará mais famoso) resolveu adaptar o pletismógrafo para medir a paudurescência. Resolveu colocar as bengas de seus pacientes no pletismógrafo - devia ser uma bichona, esse Freund - para avaliar as suas variações de volume e de intumescência, para monitorar-lhes as ereções. 
Freund constatou que o pletismógrafo era extremamente sensível a qualquer aumento de afluxo sanguíneo no cacete. Mesmo o mais ínfimo sinal de paudurescência, mesmo aquele que nem o próprio dono do tarugo percebe, o plestimógrafo era capaz de acusar e registrar. Se algo, fosse o que fosse, até mesmo um desejo desconhecido pelo cara, causasse uma variação de paudurescência detectável pelo plestimógrafo, não havia como ele negar o tesão, não havia como ele mentir sobre suas preferências sexuais.
Tal capacidade tornou o pletismógrafo muito útil na identificação e no tratamento de pacientes com desvios ou compulsões sexuais enrustidas. Usando como exemplo o maior chavão da psicanálise, a sua falácia-mor, o tarado está lá, deitado no divã, com o pau amarrado a um  pletismógrafo, e jura de pés juntos que não nutre o menor tesão pela mãe : "- Que é isso, doutor, desejo pela minha santa mãezinha? Tesão por aquela vagina carnuda que me deu passagem ao mundo, à luz? Tesão por aqueles peitos túrgidos, volumosos, firmes e pulsantes que proveram meu primeiro sustento? De jeito nenhum!" Só que o pau, lá no pletismógrafo, está até arrebentando a braçadeira, está fazendo os gráficos ultrapassarem todas as escalas do osciloscópio. Édipo puro! Maior comedor de mãe! Queira ele admitir ou não!
O pletismógrafo é o polígrafo do pau! É o detector de mentiras do caralho! E é muito mais confiável que o polígrafo. O polígrafos, desses que conhecemos dos filmes e das séries policias, e que se baseiam nas alterações de pulsação, de batimentos cardíacos e de modulações da voz para detectar o mentiroso, podem ser facilmente enganados por pessoas bem treinadas, ou por psicopatas que creem piamente nas suas declarações de inocência. Já o plestimógrafo, não há quem o engane. O pau não mente. Se algo agradou ao pau, em menor ou em maior grau, ele se manifesta. A paudurescência é a única reação fisiológica que o homem não consegue fingir. O pau é centro nevrálgico da honestidade do homem. É a única reserva de sinceridade masculina.
Imeditamente, ao saber do prodígio tecnológico criado por Freund, o exército da então Tchecoslováquia requisitou o aparelho para fins militares. Dava-se, à época, que o exército tcheco estava a enfrentar uma série de fraudes no alistamento e recrutamento de novos soldados. Muitos dos jovens tchecos que se alistavam, declaravam-se homossexuais como forma de não servir ao exército, como uma maneira de fugirem às suas obrigações para com a pátria. E como saber se realmente o sujeito tinha tesão na argola, tique nervoso na rosca, comichão no brioco? Fica de quatro aí e dá essa bunda pro sargento? Não era possível. Na dúvida, o viadão era dispensado.
Com o advento do plestimógrafo, a farsa veio abaixo. A autodeclarada bichona tinha o pau ligado a um plestimógrafo e era submetida a uma série de imagens de mulheres gostosas, fotos e vídeos de peitudas e bucetudas nas mais excitantes e pornográficas situações. Se o pau do sujeito fizesse o pletismógrafo registrar um único pico que fosse, a casa caía pro lado dele. Estava automaticamente incorporado ao exército, a farda e os coturnos esperavam por ele. Se, por outro lado, o pau não desse o menor sinal de vida, ou, ainda, se desse até uma encolhida, desenhasse curva negativa no pletismógrafo, o cara era viadão dos legítimos. Tava dispensado.
Fiquei aqui pensando se os viadões, tanto os reprovados como os atestados pelo aparelho, eram submetidos a uma contraprova, ou seja, se eram depois expostos a imagens eróticas de conteúdo homossexual. O que ficou de pau duro ante a visão de uma gostosa, poderia também hastear a bandeira para um musculosão de sunga, vai que o cara fosse bissexual; o que não reagiu à uma bela tcheca, poderia igualmente se fazer de morto frente a um cacetão ereto, ele poderia simplesmente estar nervoso e constrangido com a situação, ou ser broxa. Taí, o broxa é o calcanhar de Aquiles do pletismógrafo! Só o broxa consegue mentir para o pletismógrafo! Portanto, o psicopata broxa é o mentiroso supremo!
De qualquer forma, essa lenga-lenga toda me fez lembrar de uma piada. Uma anedota das antigas contada pelo inigualável Costinha, se não me falha a memória, no LP O Peru da Festa Vol.2. Conta-nos o Costinha :
"Todos os dias, às cinco da matina, o sargento passava o pelotão em revista. Um dia, ele notou que o recruta 49 estava de barraca armada, batendo continência. Condescendente, chamou o 49 prum canto, deu-lhe um dinheiro e mandou que fosse resolver seu problema numa zona próxima ao quartel. No dia seguinte, o sargento passou pelo pelotão e lá estava de novo o 49, de pau duro. Deu-lhe mais uns trocados e lá se foi o 49 pra zona. Isso se repetiu durante a semana inteira, até que no sábado, o sargento, já de saco cheia da situação, deu uma grana preta pro 49 e ordenou que ele passasse o fim de semana todo na zona afim de resolver aquela questão, pois pegava mal a um soldado, a um representante e defensor da pátria ser visto de pau duro. O recruta 49 agradeceu ao sargento, mas recusou o dinheiro : "- Não adianta, não, sargento : o meu negócio é o senhor."
Pããããããããta que o pariu!!! Que falta fez, ao sargento, um pletismógrafo por ocasião do alistamento dessa moçoila!!!

Postar um comentário

0 Comentários