Chicote No Lombo Do Vagabundo

Senador Reditario Cassol
Devagarzinho a coisa começa a dar mostras de querer voltar aos eixos. Ainda vai demorar muito, claro. Trinta, quarenta, cinquenta anos, sei lá. Vai demorar horrores para  que seja desfeito o estrago causado por essa Constituição atual, fruto do safado do Ulisses Guimarães e sua Constituinte de 1988, cujas leis favorecem e, portanto, incentivam a bandidagem e a vagabundagem.
Direitos humanos é o caralho. Tivesse Ulisses Guimarães morrido alguns anos antes e não estaríamos, cidadãos honestos, à mercê da bandidagem e sustentando filhos de encostados. Mas, como disse, devagar as coisas vão voltando ao seu devido lugar. O abuso já está sendo tão grande, tão descarado, que algumas vozes, isoladas aqui e ali, começam a se erguer em defesa do honesto.
Jair Bolsonaro, o promotor Rogério Leão Zagallo (que recomendou aos policiais que melhorem sua mira, bandido que atira pra matar, tem que levar tiro pra morrer. Perfeito), e agora o Senador Reditario Cassol, do PP de Rondônia.
O senador quer acabar com o auxílio-reclusão dado à família do preso sem que ele faça nada dentro da cadeia; o valor é de R$ 802,00, mais do que o salário mínimo com o qual muito cara honesto por aí sustenta a família. O preso, segundo ele, e faz tempo que eu digo isso, teria que trabalhar pesado dentro da cadeia para justificar esse auxílio. A família do traste, concordo, não pode ficar desamparada, mas o sujeito teria que suar muito no xilindró.
O Senador propõe que o preso que se recusar ao trabalho seja submetido a umas boas chicotadas, umas lambadas no lombo. Perfeito, de novo. Concordo. O senador Suplicy, eterno corno da Marta, inútil que é, e sem conseguir ficar de boca fechada, fez um aparte. Compreende a indignação do colega, mas jamais aprovaria o chicote, por considerar um retorno à Idade Média. E quando foi que saímos dela? Totalmente dispensável a interferência do pai do Supla.
Reproduzirei abaixo algumas falas do Senador Reditario Cassol, vejam se são capazes de discordar dele :

"O vagabundo, sem-vergonha, que está preso recebe uma bolsa de R$ 802,60 para seu sustento. Mesmo que seja auxílio temporário, a prisão não é colônia de férias", protestou. No seu entender, a pessoa condenada por crime grave deve sustentar os dependentes com o trabalho nas cadeias. Ele comparou a situação aos trabalhadores desempregados que, "além de tudo isso, muitas vezes é assaltado, tem a casa roubada e precisa viver recluso atrás das grades de sua própria casa";
"Nós temos de fazer o nosso trabalho, ilustre presidente e nobres senadores, modificar um pouco a lei aqui no nosso Brasil, que venha favorecer, sim, as famílias honestas, as famílias que trabalham, que lutam, que pagam impostos para manter o Brasil de pé", defendeu. "E não criar facilidade para pilantra, vagabundo, sem-vergonha, que devia estar atrás da grade de noite e de dia trabalhar, e quando não trabalhasse de acordo, o chicote voltar, que nem antigamente", defendeu.

E aí? Se por acaso você divergir do Senador é porque boa coisa você não é, também deve ser alguém vivendo às custas de outrem.
E eu estendo a proposta do Senador. Chicote também para todos os defensores do lixo humano, chicote para os padres e bispos, para os assistentes sociais, pedagogos e sociólogos dos grupos de direitos humanos, conselhos tutelares, pastorais e congêneres.
Se precisarem de um braço, o meu está à disposição. Chicotear um padreco vermelho, um pedagogozinho de merda, uma assistente social patricinha, um sociólogo engajado...que delícia.
Fonte : Hoje em Dia

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6 Comentários

  1. Sabe qual é, Marreta? É que esses putos que não querem "trabalhos forçados" na cadeia são os mesmos que inventaram a tal da "dívida histórica" de todo mundo com os negros. Tu é descendente de japonês, turco ou nhambikuara, não importa: tá devendo por causa da escravidão, mesmo que na sua família nunca houvesse a presença de escravos. Daí, como eu dizia, esses putos têm medo de que os presos sejam vistos como "escravos", porque como há muitos negros entre a população carcerária, muitos teriam que trabalhar forçados. Mas isso é papo furado, porque também tem muito branco e muita mistura de tudo. Ia ser a coisa mais democrática: filhos da puta tem de todas as cores.

    Vi que tu corrigiu as digitações lá no outro post. Mas eu posto anônimo mesmo, é melhor pra mim por razões que não posso dizer.

    Abração (sem veadagem) aí, Marreta. Continua quebrando tudo!

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  2. O auxílio reclusão não é para bandido preso. É para àqueles trabalhadores, que contribuíam para o INSS e por uma desgraça (ou graça), como matar um bandido, vão para a cadeia. O valor pago é até 802,00 reais, independente se o sujeito ganhava 10.000,00.

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  3. Agora fiquei curioso, anônimo. Se quiser, identifique-se, eu não publico o comentário com sua identidade nem falo pra ninguém.
    obrigado por me acompanhar e sugerir correções.
    Abraços.

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  4. Você está dizendo que esse auxílio é, por exemplo, para um policial que tenha matado um verme e sido condenado? Olha, eu não sei disso, não. Pela matéria que li, é auxílio pro bandido, mesmo.

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  5. Informe-se melhor. Quem está certa é a Vera. Só quem é segurado do INSS tem direito ao auxilio reclusão. Que eu saiba, bandido e vagabundo não pagam INSS. Só trabalhador.

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  6. E quanto tempo de contribuição o sujeito tem que ter tido? Ou será que é como nosso ex-presidente Lula, que só porque ficou preso um mês, e com todas as regalias, tem direito hoje a uma indenização por ter sido "perseguido" pela ditadura? Essa é outra especialidade tupiniquim : transformar vagabundo em pessoas aparentemente honestas, em vítimas.

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