Cagando E Andando. Com Vocês, A Bostoneta.

A expressão cagando e andando agora poderá ser tomada ao pé da letra, adentrará o território da literalidade, pulará as cercas conotativas do não estou nem aí, do nem me importo com isso.
Essa transição entre as dimensões do literal e do figurado - um genuíno stargate entre os mundos paralelos da conotação e da denotação -, será propiciada pelos japoneses e mais um de seus incríveis inventos.
Depois da carne de bosta, já devidamente citada aqui no blog, os japoneses inovam mais uma vez. Uma empresa japonesa do ramo de sanitários desenvolveu um veículo que pretende revolucionar o setor de automotores. É o Toilet Bike Neo. Que, traduzido literalmente, seria algo como banheiro-bicicleta, ou motoneta movida a bosta. Chamá-la-ei, doravante, de bostoneta.
É um triciclo motorizado que funciona à base das fezes de seu condutor, tem um vaso sanitário no lugar do banco e, nele, o motorista vai tranquilamente sentado e obrando. Acoplado ao  banco-vaso-sanitário há um laboratório químico que vai convertendo a merda em energia. Seus idealizadores garantem que, dependendo do potencial de seu motorista, a bostoneta pode atingir os 80 km/h.
Em seis anos, o fabricante espera reduzir pela metade as emissões de gás carbônico na atmosfera. Tá. Mas e o metano, que contribui tão igualmente ao gás carbônico para o efeito estufa? Não seria, como é dito no popular, trocar seis por meia dúzia? Ou, nesse caso, permutar merda por bosta?
O fabricante diz que a bostoneta, além de contribuir para o meio ambiente, pode também escrever mensagens no ar usando imagens de luz residual. Que porra é essa? Não entendi picas. Escrever com luz residual? O gás metano, quando queimado, produz o fogo-fátuo, uma chama fugaz de luminescência verde-azulada. Será que é isso? Mensagens escritas em fogo-fátuo? Já imaginaram que romântico? O japinha passa em frente à casa da japinha, solta um peido e escreve um Eu te Amo perfumado no ar.
Para marcar seu lançamento, o triciclo está fazendo uma excursão pelo território japonês. Fechando com chave de ouro, está prevista uma parada em uma pedra, em Nakatsu, que tem o formato de uma bunda.
Por enquanto, minhas velhas pernas estão a dar conta de me carregar, estão ainda a me salvaguardar dos malefícios do uso de um veículo motorizado, mas tenho um amigo, o Fernandão, famoso por suas homéricas diarreias, que muito se beneficiaria no caso da bostoneta vir a ser produzida em escala comercial e, posteriormente, exportada para terras brasileiras.
Não há especificações muito detalhadas da bostoneta na reportagem que li. Não encontrei quantos quilômetros ela faria por quilo de bosta, ou por metro cúbico, ou por qualquer outra medida de capacidade. Mas se bem me lembro das mitológicas disenterias de meu desarranjado amigo, com um único peido, o Fernandão é bem capaz de percorrer uns 50 km com a bostoneta.
Abaixo a foto do japonês cagão em sua bostoneta, tranquilamente cagando e andando.
Fonte : A Província

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