A Nova Marreta do Azarão

Ando um tanto quanto sumido aqui do blog. Sumido, mas ainda vivo. Ou quase.
Com o retorno, já há 3 semanas, ao convívio e ao contato tóxico com a patuleia, tenho tido picos terríveis de ansiedade e pânico - mesmo fortemente medicado. E mesmo nos dias em que eu fico "bem", a quantidade de energia despendida para que eu mantenha um mínimo equilíbrio emocional é de tal forma brutal que fico exaurido e inerte para quaisquer outras atividades. Ainda consigo, feito um morto-vivo, arrastar-me para cumprir com os afazeres do lar, manter a casa decente e habitável. Quando, finalmente, termino todas as necessárias obrigações e sobra-me um tempo para me dedicar a algo que me dê algum tipo de satisfação - escrever aqui, por exemplo -, estou tão esgotado que abro mão de um pequeno prazer em troca de ir dormir mais cedo. E não por sono. Mas para desligar. Para sair desse mundo por umas horas.
Apesar disso, tenho umas 12 ou 15 boas páginas, em caderno de folha grande, brochura, é claro, já rascunhadas à espera de serem digitadas, e que poderão render umas 3 ou 4 postagens. Porém, como disse a finada imortal Nélida Piñon : - não é a cabeça, é a mão que escreve.
No entanto, para não deixar passar mais um dia em branco (o que também acentua minha ansiedade), resolvi passar rapidamente por aqui, numa postagem vapt-vupt. Para apresentar-vos o mais novo membro do A Marreta do Azarão.
"Quem é ateu, e viu milagres como eu, sabe que os deuses sem Deus não cessam de brotar...", já disse o mano Caetano. Sou ateu, mas gosto de deuses. Sei-os (puta cacófato) como criaturas, não criadores. Como frutos da imaginação humana e não como os "plantadores e agricultores" de nossa espécie - sim, digo apenas de nossa espécie, pois, até onde se sabe, somos os únicos irracionais o suficiente para crermos em deuses.
Tanto gosto de certas mitologias, que o símbolo do blog é o imbrochável Mjolnir, o rompedor de tormentas, a fálica marreta de Thor, deus dos mais descolados e pop stars que há, o segundo em comando do Todo-Poderoso lá dos nórdicos, o caolho Odin.
Então, terça-feira agora, na volta do supermercado, passei por uma loja de artigos esotéricos, incensos, cristais, gnomos, apanhador de sonhos etc. E, na vitrine, lá estava ela. Parecendo que à minha espera. A marreta de Thor, confeccionada em resina, ao lado de outras figuras das HQs e do cinema.
A peça tem cerca de 20 cm de altura. Entrei, pedi para dar uma olhada e perguntei pelo preço. R$ 69,90. Não tinha referências para saber se estava cara ou barata, não faço ideia dos valores dessas peças de resina. Só que, raramente, compro algo para mim, raramente me presenteio, faço-me um agrado,um mimo. Pensei : por que comprá-la, por que não comprá-la? Comprei-a-a.
Ei-la. A verdadeira Marreta do Azarão. O novo mascote do Blog. De repente, pode nem parecer grande coisa, mas que é melhor que o Fuleco, isso é. 
Pãããããããta que o pariu se é.

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6 Comentários

  1. Rapaz, agora fiquei aliviado, tal como quando o médico me libera para mjolnir depois de fazer um ultrassom abdominal. Idiotices à parte, imaginei que o bicho estaria pegando para o seu lado. E digo isso por estar convivendo com uma depressão (não minha) de dimensões quase cósmicas, uma coisa assustadora, paralisante, nunca imaginada. Por isso, se você fosse ator e já que voltou à sala de aula, eu poderia desejar “merda para você”, como os atores teatrais se dizem em sinal de boa sorte. Como você não é ator (devia!), é melhor te desejar boa sorte de outra forma, até porque você já está na merda mesmo, não é? Abraços.

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    1. A Marreta do Azarão10 de agosto de 2023 às 11:31

      E o bicho tá pegando mesmo pro meu lado. Nunca estive tão mal.
      Rapaz, já fiz um exame desse, e o médico, pra variar, atrasou. Só não me mijei porque eu era novo, tinha uns 30 e poucos anos. Se fosse hoje...
      Eu devia ser ator? De onde tirou isso?

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    2. Ora, você fingiria ensinar, passaria todo mundo e deixaria o pau quebrar. Isso já conteceu na sala onde eu estudava à noite. O professor de física delegou aos alunos a tarefa de dar aulas. Todo mundo passou, mas ninguém aprendeu porra nenhuma.

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  2. Brinquedo bonito. Boa compra.
    Há alguns anos acho a crença em divindados algo racional. Alguns devem existir por aí, à toa pelo Cosmo.

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    1. Se você diz de seres mais evoluídos que, se comparados à nossa primitivez, podem ter habilidades que parecem divinas a nós, eu também acredito que existam.

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    2. Seres com maiores habilidades, menores etc. Acho realmente plausível diversas civilizações por aí, evoluídas ou não. E DIVINDADES também, serem além dos limites físicos. A existência em si não faz sentido. Tudo é absurdo. Então não parece irracional crer em DEUSES.

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