Basta uma linha tua,
Uma frase de uma só palavra,
Uma lacônica oração,
Que eu já escrevo uma coletânea de crônicas,
Um compêndio de contos,
Um breviário de poemas;
Cultivo e faço florescer,
Feito o Menino do Dedo Verde,
Frente ao teu silêncio,
Só posso,
Para acalmá-la,
Fazer cafuné
E administrar doses diárias de benzodiazepínicos
À minha caneta Bic púrpura;
Trocar
Diariamente
A água cheia de larvas da dengue
Do vaso
Das minhas rosas de plástico de pétalas empoeiradas.
3 Comentários
Poema muito bom (para rimar com Maurice Druon), especialmente o primeiro bloco.
ResponderExcluirUm clássico da nossa época, meu caro.
ExcluirNão publique. Eu não aguento aquele cara! Olhe os comentários recentes. Vai ser chato assim na puta que pariu!
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