O Brasil Honrou Sua Tradição, Mais Uma Vez (2)

Josef Mengele, carrasco nazista, aportou no Brasil e por aqui encontrou simpatizantes que o acolheram, morreu em 1979 sem nunca ter pago pelo que fez. Ao que tudo indica, realizou, inclusive, experimentos genéticos na pequena cidade de Cândido Godói, RS, experiência com gêmeos; no pequeno munícipio, a partir da chegada de Mengele, um a cada cinco nascimentos produzia gêmeos, loiros e de olhos azuis em sua maioria. Mengele morreu tranquilo e feliz por aqui, de velhice.
Ronald Biggs, um dos idealizadores do famoso assalto ao trem pagador, bandido procuradíssimo na Inglaterra, também encontrou águas calmas em portos tupiniquins. Mais que isso, virou celebridade por aqui, sua casa virou ponto turístico, casou com uma brasileira com quem teve um filho, o tal Mike, que atazanou os ouvidos de toda uma geração como integrante do hediondo Balão Mágico. Só voltou à Inglaterra por vontade própria.
Desde 2003, há três exilados paraguaios no Brasil, três guerrilheiros, procurados por sequestros e assassinatos em seu país, aliados das farcs.
Ano passado, o hondurenho Manuel Zelaya, deposto da presidência de seu país de modo totalmente legal, de acordo com a Constituição deles, refugiou-se em embaixada brasileira se dizendo vítima de golpe, quando ele era o "golpista". Foi muito bem recebido e teve excelentes acomodações às nossas custas.
E agora o caso desse carcamano Cesare Battisti. A União Europeia planeja um ato contra a decisão brasileira de abrigar mais esse criminoso, autor de vários assassinatos na Itália. O que era uma questão incômoda apenas com a Itália, passará a ser com todo um continente.
Mas é certo que o Brasil não abrirá mão de sua decisão, o bandido ficará por aqui. Gostamos deles. Gostamos de filhos das putas. Sobretudo "coitadinhos" que se dizem perseguidos políticos. Gostamos dos safados, canalhas, guerrilheiros, terroristas, sequestradores, assassinos. Não elegemos uma ex-comandante de um grupo armado, responsável por inúmeros atos de sequestro e morte, como nossa "presidenta"? Pois, então.
Cesare Battisti vai ficar aqui, sim. Vai virar celebridade, aparecerá nos programas da Hebe, do Jô Soares, do Serginho Groismann, no da Marília Gabriela, no de todos esses escrotos. E ainda se fará de vítima, dir-se-á um combatente pela democracia. E o público, adolescentes idiotas com ares fingidos de intelectuais, aplaudirá efusivamente o canalha.
O Brasil honrou sua tradição de banditismo, mais uma vez.
Parabéns para nós.

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