Ele detesta sair de casa, a desorganização humana alastrada pelas ruas, bancos, trânsito, cinemas, restaurantes, o desorienta, chega a lhe causar falta de ar, taquicardia, às vezes.
Resolveu, contudo, sair, sozinho, jantar fora, pizzaria, noite de rodízio, fartar-se por uns poucos trocados. E uma garrafa de água com gás, alcalina.
Ele não tolera a maioria dos tipos de gente, sobretudo os que circulam à noite e, dentre esses, odeia com todas as suas vísceras cheias de merda os chamados "guardadores de veículos", os malditos flanelinhas.
E Ele tem certeza da presença malcheirosa deles nos arredores da pizzaria para onde se dirige.
Achacadores que exigem dinheiro dos que estacionam nas vias públicas sob a ameaça velada do indivíduo encontrar seu carro danificado ao voltar de seu lazer, caso se recuse em pagar.
A dois, três quarteirões antes de chegar à pizzaria, Ele já os vê.
Sentiu o futum deles muito antes. E sua ira a fermentar.
Mais perto da pizzaria e mais deles: barulhentos, grosseiros, chulos, desdentados, analfabetos convictos, um povo pardacento, cor de bosta, parasitas urbanos capazes de tornar simpáticas as ratazanas do esgoto.
Se, ao menos, os flanelinhas tivessem a decência de se admitir os cancros que são, Ele os odiaria menos.
Mas nem isso.
Esses tumores acreditam mesmo ser uma profissão a extorsão que praticam, acreditam que prestam um serviço de grande utilidade pública, tem até sindicatos, algumas prefeituras chegam a reconhecer a ralé como trabalhadores, lhes dão coletes e crachás.
Ele atravessa o lodo de flanelinhas, sua fúria chega a lhe dar tonturas, em seu atual estado, seria capaz de matar um deles, tranquilamente, sem remorso.
Mas antes, pensa, quebraria os ossos faciais deles com uma marreta, como eles fazem com os retrovisores dos carros, vazaria os olhos como eles murcham os pneus e, finalmente, segue Ele pensando, abriria retalhos por toda a pele com uma boa faca de açougue, como eles fazem ao riscar a lataria dos veículos de quem trabalha honestamente.
Ele chega ao último degrau da escadaria de acesso e adentra a pizzaria.
Sem ter matado nenhum.
Essa corja teve muita sorte, hoje - Ele pensa.
Sorte d'Ele não ter carro.
Nem carteira de habilitação.
Resolveu, contudo, sair, sozinho, jantar fora, pizzaria, noite de rodízio, fartar-se por uns poucos trocados. E uma garrafa de água com gás, alcalina.
Ele não tolera a maioria dos tipos de gente, sobretudo os que circulam à noite e, dentre esses, odeia com todas as suas vísceras cheias de merda os chamados "guardadores de veículos", os malditos flanelinhas.
E Ele tem certeza da presença malcheirosa deles nos arredores da pizzaria para onde se dirige.
Achacadores que exigem dinheiro dos que estacionam nas vias públicas sob a ameaça velada do indivíduo encontrar seu carro danificado ao voltar de seu lazer, caso se recuse em pagar.
A dois, três quarteirões antes de chegar à pizzaria, Ele já os vê.
Sentiu o futum deles muito antes. E sua ira a fermentar.
Mais perto da pizzaria e mais deles: barulhentos, grosseiros, chulos, desdentados, analfabetos convictos, um povo pardacento, cor de bosta, parasitas urbanos capazes de tornar simpáticas as ratazanas do esgoto.
Se, ao menos, os flanelinhas tivessem a decência de se admitir os cancros que são, Ele os odiaria menos.
Mas nem isso.
Esses tumores acreditam mesmo ser uma profissão a extorsão que praticam, acreditam que prestam um serviço de grande utilidade pública, tem até sindicatos, algumas prefeituras chegam a reconhecer a ralé como trabalhadores, lhes dão coletes e crachás.
Ele atravessa o lodo de flanelinhas, sua fúria chega a lhe dar tonturas, em seu atual estado, seria capaz de matar um deles, tranquilamente, sem remorso.
Mas antes, pensa, quebraria os ossos faciais deles com uma marreta, como eles fazem com os retrovisores dos carros, vazaria os olhos como eles murcham os pneus e, finalmente, segue Ele pensando, abriria retalhos por toda a pele com uma boa faca de açougue, como eles fazem ao riscar a lataria dos veículos de quem trabalha honestamente.
Ele chega ao último degrau da escadaria de acesso e adentra a pizzaria.
Sem ter matado nenhum.
Essa corja teve muita sorte, hoje - Ele pensa.
Sorte d'Ele não ter carro.
Nem carteira de habilitação.
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