Professor É Burro, Sim

Por que é obrigatória a presença de um farmacêutico diplomado numa farmácia? Ainda que ela só venda remédios alopáticos e com receita? O farmacêutico não pode receitar, pode?
Por que, apesar da lei facultar ao cidadão o direito de se representar, a presença de um advogado é imprescíndivel num processo? Mesmo que seja uma briga de vizinhos banal?
Por que uma indústria que fabrique, digamos, xampú e que já o produza há muito tempo, que só repete infinitamente a mesma fórmula, precisa de um químico responsável para assinar a mesma velha fórmula de sempre? Sabemos que, na grande maioria dos casos, o químico apenas passa no fim do mês para receber o salário pela sua assinatura.
Por que uma simples e vulgar pet shop, ainda que só venda ração e ofereça serviços de tosa e banho, precisa ter um veterinário responsável?
Simples.
A resposta pra todas as perguntas, na verdade uma única, é : sobrevivência profissional.
Todas essas categorias citadas, e mais outras diversas, através de seus conselhos regionais, impõem-se pela lei.
Vão ocupando legalmente esses nichos. Todas as categorias profissionais impõem a sua presença, a sua "necessidade", ainda que pouco necessárias sejam. E elas estão certas. Se quer que sua profissão seja valorizada, você tem que ser o primeiro a afirmar categoricamente que ela tem valor. Mesmo que não tenha.
Mas existe uma categoria que faz exatamente o oposto.
Uma categoria que é a primeira a dizer que seus serviços são dispensáveis ou que podem ser feitos por qualquer um.
Uma categoria que comete, cada vez mais, suícidio profissional.
É a categoria dos PROFESSORES.
Professores, hoje, gravam aulas que serão passadas 0nline, simultaneamente, em diversas escolas. Escolas onde, em cada uma, deveria existir a presença de um outro profissional naquele momento. Mas não há. Há a tela.
E os que isso fazem dizem que são ótimos profissionais, que estão "antenados" com as novas tecnologias. Balela. São assassinos da categoria.
Professores, hoje, fazem seus cursos de especialização - complementação ou coisa que valha - à distância, em faculdades de "fim de semana", de qualidade mais que questionável.
Vai ser burro assim na puta que o pariu.
Quando um professor se torna aluno de um curso à distância, não-presencial, ele está sendo o primeiro a afirmar que a figura do professor não é importante no processo de aprendizagem.
É um tiro no pé, caralho!!!! (e no caralho, também).
Por isso digo, o que não me torna bem visto em meu ambiente de trabalho, que o professor merece tudo o que ele apanha. E mais: que apanha pouco.
Não podem : farmácia sem farmacêutico, xampú sem químico, tribunal sem advogado, pet shop sem veterinário...
Escola sem professor, pode. E com o aplauso dos mesmos.

Dizem que o professor é mal remunerado.
Discordo totalmente.
Qualquer que seja o salário pago à burrice, ele é sempre alto.

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