Alex Vallauri

Lembro da primeira vez que vi uns grafites desse italiano (apesar de nascido na Etiópia), era final da década de 70, começo da de 80, de novo minha memória não me dá garantia absoluta.
Morador de cidade do interior, ainda que não das menores, nunca tinha vista nada parecido, acredito até que o termo "grafite" não me fosse familiar para designar aqueles desenhos feitos a spray, na época só havia pelos muros de minhas andanças a pichação.
Vi esses grafites de Alex Vallauri nas paredes do SESC aqui da cidade onde moro. E fiquei embasbacado, atordoado, confuso. Aquilo era absolutamente novo pra mim.
Desenhos traçados com tinta spray através de moldes vazados, a chamada Stencil Art.
Pareceu-me possível, quase fácil fazer aquilo que acabava de ver nas paredes, as figuras femininas ao telefone, encostadas nos postes à espera de clientes, uma bota preta de salto fino e, acho que sua marca registrada, as ninfas de Vallauri em danças circulares.

Até tentei criar uns moldes vazados, umas máscaras...
Mas deu-se o de sempre: constatei que tinha mais pretensão que talento.

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