Fogo Mui Amigo

No jargão militar, a expressão "fogo amigo" caracteriza situações em que um soldado é atingido por artefato bélico de suas próprias fileiras, ou atinge outro de mesma farda que a sua. No entanto, esse fogo amigo não é nada frente ao fogo mui amigo que alvejou um homem de 36 anos, no município de Ipatinga, Vale do Aço, MG, e cuja identidade é mantida em segredo
Contra o fogo amigo das trincheiras, há chances de escapatória. Primeiro porque ele é sempre uma possibilidade a ser considerada, depois porque mesmo o fogo amigo pode errar o alvo errado e, finalmente, porque se o soldado for ligeiro, for Rambo, for boina verde, dá até pra desviar da bala.
Já o fogo mui amigo que vitimou o ipatinguense, pelo seu inusitado e insuspeito, não lhe deu margens à fuga.
Festa de casamento. Todo mundo encheu o bucho, bebeu feito um gambá, falou mal da noiva, reclamou do bolo etc. Terminada a festa, a vítima, acompanhada pela esposa, foi para a casa de um terceiro, juntamente com um amigo, um rapaz de 33 anos, onde todos iriam dormir até o dia seguinte.
Na madrugada, o homem acordou com alguém a masturbá-lo, a descabelar o seu palhaço, a descascar o seu inhame. Julgou ser a esposa, que, talvez, animada pelas bodas presenciadas horas antes, quisera apimentar a relação. Porém, quando abriu os olhos, viu que sua benfeitora era um benfeitor, quando abriu os olhos, lá estava o amigo, o rapaz de 33 anos, a envernizar o pescoço de sua girafa.
Maculado em sua masculinidade, ele começou uma discussão que terminou em confronto físico com o punheteiro, que fugiu, então, para um hotel da cidade. O ofendido não se deu por satisfeito, acionou a Polícia Militar e lavrou um B.O. por importunação sexual contra o amigo. Colhido os depoimentos, a PM foi ao hotel em que estava o bolinador e o conduziu para a delegacia. Na DP, o punheteiro prestou depoimento e disse que só pegara na rola do amigo porque uma pessoa na festa lhe garantira que o homem casado era boiola.
E eu acredito no punheteiro. Tem caroço nesse angu. Sei não, mas acho que os dois jogam água para fora da bacia, que os dois beijam pra trás. Afinal, muito mais viadagem do que pegar na rola do amigo, é o cara registrar B.O. e processar o molestador, fazer a PM perder tempo com essa frescura.
Macho das antigas que é macho das antigas teria pego da chibata e dado na cara do punheteiro, teria dado uma meia dúzia de lambadas de piroca no encantador de najas. Plaft, pleft, plaft, pleft, toma vadia, toma!!!!! E fim de questão.
Mas o machão, não. Acionou a Lei Maria da Benga.
Pãããããããta que o pariu!!!!

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5 Comentários

  1. Como dizem no jargão boiolístico: tô bege com esse relato!

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  2. "Lei Maria da Benga ficou muito legal, mas aquele "Plaft, pleft, plaft, pleft" ficou esquisito. Além do mais, "lambadas de piroca" provavelmente seria tudo de bom para o molestador. E palavrões precisariam ser ditos com cautela. "Vai tomar no cu", por exemplo, poderia obter a resposta "É tudo o que eu quero!" Pãããããããta que o pariu!!!!

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    1. Pois é, também não gostei do plaft, pleft, mas foi a única onomatopeia que surgiu no google para chicotada.

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    2. Poderia ter sido dada uma surra com "vergalho de boi", uma coisa meio medieval.

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  3. e o maluco achando que iriam leitar a esposinha juntos!

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