Eu Sou o Seo Vicentini

Conheci Luiz Vicentini, o Seo Vicentini, em 1989. Eu, recém-contratado pelas Faculdades Barão de Mauá; ele, já um decano, praticamente um patrimônio da instituição. Eu, funcionário do departamento de gráfica e fotocópias; Seo Vicentini, do financeiro, chefe dos caixas, os quais trazia sob a sua vigilante batuta. Por mim, passavam todos os impressos internos da escola - folhas de prova, carnês das mensalidades, cadernos de estágio, papel timbrado etc -, que eu confeccionava em offset, e também cópias particulares de alunos e funcionários, feitas em três velhas máquinas "xerox". Pelo Seo Vicentini, passavam todos os tipos de pagamentos feitos à escola - mensalidades, apostilas, declarações e históricos escolares, fotocópias, segunda via de provas etc -, os quais ele recebia e registrava em sua velha máquina de alavanca, com tipos metálicos móveis, fita roxa e bobina de papel.
Eu, com 22 anos. Seo Vicentini, tanto podia ter quarenta quanto setenta. Suponho que tivesse idade próxima à que tenho hoje, algo em torno de 55 anos, um pouco para mais, um pouco para menos. Suponho. Nunca consegui estimar direito a idade do Seo Vicentini. Calvo, muito magro, semblante encarquilhado, postura curvada e nariz adunco, feito um velho Abutre (o do Steve Ditko; não estas tristes e ridículas versões modernosas), Seo Vicentini era dessas pessoas que, já aos trinta anos, aparentavam ter setenta, e setenta continuavam a aparentar o quanto vivessem, oitenta, noventa, cem. Uma daquelas pessoas em que a idade se apressa para alcançá-las e logo em seguida estanca, se acomoda.
Nossos locais de trabalho, o meu e o do Seo Vicentini, a gráfica e o caixa, eram separados por uma parede não pintada de blocos de cimento cinza, mas não eram incomunicáveis. Uma porta ao canto direito permitia o trânsito entre os dois ambientes. Porta sob cujo batente, nos dias de pouco movimento, travei longas conversas com o Seo Vicentini. Mais monólogos, na verdade. O velho Vicentini se deleitava em desfiar suas sagas, peripécias e outras lorotas de seu passado.
Um paquerador inveterado, o Seo Vicentini. Um galanteador das antigas. Do tipo que fazia fiu-fiu quando a gostosa passava. Quando uma aluna, uma universitária de belas formas se dirigia ao seu caixa para pagar a mensalidade, o Seo Vicentini a tratava por "bem", por "princesa", elogiava os olhos da moça, os cabelos, o perfume, o brinco etc. E se, por acaso, a incauta, ao passar o carnê e o dinheiro do pagamento pela abertura do vidro do seu guichê, demorava em retirar a mão, o Seo Vicentini a tomava e a aninhava entre as suas. Fosse hoje, o Seo Vicentini iria em cana por assédio. Iria ser assediado, no xilindró, pelo Ditão Pé de Mesa.
Seo Vicentini também era o responsável não oficial pela organização dos bolões de apostas. Era o bookmaker da faculdade. Bolões em que se apostava desde em jogos de futebol e loterias até em acontecimentos futuros das vidas pessoais dos funcionários. Seo Vicentini foi quem organizou, inclusive, o bolão em que se apostou se o meu cunhado, à época também funcionário da faculdade, iria mesmo honrar o seu compromisso de noivado com a minha irmã e comparecer à cerimônia de seu casamento, ou se a deixaria a ver navios no altar, na nave da igreja. Solteirão inveterado, empedernido e juramentado, deixara, segundo as línguas ociosas, já duas outras noivas na saudade. Desse bolão, o Seo Vicentini não me ofereceu nenhum número, mas chegavam notícias até a mim de que o grosso das apostas, talvez até a unanimidade delas, era no não comparecimento do noivo, na deserção do nubente de 40 anos. Não sei se alguém apostou na honradez do meu cunhado (eu não teria apostado). Se houve, encheu o cu de dinheiro.
Seo Vicentini era dono de um indefectível bordão. Sempre que alguém passava por ele, ele chamava essa pessoa com um psiu e, assim que ela se voltava, ele dizia : "amanhã 'cê vai lá hoje?".
O reinado de Seo Vicentini como chefe dos caixas, no entanto, ruiu por volta de 1992, 1993. As velhas registradoras foram trocadas por máquinas eletrônicas, uma novidade na época. Saíram os números roxos carimbados mecanicamente no bobinão de papel, entraram o frio visor de fósforo verde e o comprovante em papel de impressão térmica, feito os de caixa eletrônico de banco. Saiu o clac-clac da pujante alavanca que acionava os tipos móveis, entrou o enfadonho zumbido do processador interno da nova máquina. A impessoal e massificante modernidade substituiu o Seo Vicentini.
Substituiu, não; que o Seo Vicentini era insubstituível. A suposta modernidade tomou o lugar do Seo Vicentini. Usurpou a sua posição. Seo Vicentini não conseguiu se adaptar à nova tecnologia, não conseguiu aprender os truques do novo equipamento. Na verdade, nem sei se o Seo Vicentini quis verdadeiramente aprender o manejo das máquinas eletrônicas. Nem sei se fez um real esforço no sentido de. Talvez tenha preferido não se sujeitar à modernidade. Se tiver sido isso, respeito-o ainda mais.
Depuseram o Seo Vicentini de seu posto de chefe dos caixas, mas não o demitiram da empresa. Devido ao seu longo tempo de casa e mesmo pela consideração que os donos da escola e os filhos do dono (que Seo Vicentini vira crescer) tinham por ele, ele foi remanejado para outra função. Foi ser o Guardião da Quadra de Esportes da escola, situada fora do prédio central, alguns quarteirões acima. Lá, Seo Vicentini fazia as vezes de porteiro, de zelador e também era quem agendava os horários de uso da quadra pelos professores e organizava os eventos esportivos promovidos pela escola. Deu-se bem em sua nova função, o Seo Vicentini. A rapaziada gostava dele, ele via as alunas de biquíni na piscina. Virou até nome de campeonato. Torneio Luiz Vicentini de futebol society.
A partir de sua transferência para a quadra, nunca mais conversei longamente com o Seo Vicentini. Nossos contatos passaram a ser eventuais, fortuitos e aleatórios. E duravam poucos minutos, poucos segundos, até. Cruzávamo-nos, vez ou outra, pelas ruas do bairro; os dois em trânsito, indo para ou voltando de algum lugar. Eu, a pé; Seo Vicentini, com sua bicicleta Monark Barraforte. Nunca montado ao selim dela. Feito o tangamandapiano carteiro Jaiminho, Seo Vicentini levava a bicicleta sempre andando e a empurrá-la pelo guidão.
Trocávamos rápidos cumprimentos, ele sempre me perguntava pelo meu cunhado e seguíamos os nossos caminhos. E era fatal : assim que nos dávamos as costas, ele me chamava, eu me virava e ele disparava : "amanhã 'cê vai lá hoje?".
Fiquei sabendo, então, recentemente, através de minha mãe, que o Seo Vicentini, um dia desses, cruzou, a empurrar a sua bicicleta pela calçada, com a boa e velha Morte. Cumprimentaram-se, a Indesejada das Gentes perguntou-lhe como andava a vida e despediram-se. Assim que se deram as costas, a Morte chamou o Seo Vicentini e, quando ele se virou para ela, Ela disse : "amanhã 'cê vai lá hoje?". E o Seo Vicentini foi.
Morreu, o velho abutre. Não lhe sei a causa mortis. Minha mãe não soube informar nem mesmo a exata data de seu passamento. Assim, não sei o intervalo que houve entre a morte de Seo Vicentini e a minha ciência dela. Mas tenho a certeza, guardo a forte impressão, de ter cruzado com o Seo Vicentini não há tanto tempo antes de sabê-lo finado. Coisa de uma semana, creio, um pouco mais, um pouco menos. Espero que ele ainda estivesse vivo na ocasião.
Passei a pensar muito no Seo Vicentini depois disso. Não na sua morte física, orgânica, definitiva. Sim na sua primeira morte, há quase trinta anos, na sua obsolescência profissional decretada do dia para a noite. Do dia para a noite, Seo Vicentini deixou de servir para o trabalho que muito bem executara durante a vida inteira. Será que toda a experiência e o conhecimento adquiridos e acumulados durante décadas, simplesmente, evaporaram-se de um dia para o outro? Acometeu-lhe alguma espécie de amnésia profissional, um Mal de Alzheimer laborial? Por que, de súbito, a nova traquitana eletrônica passou a valer mais para a empresa do que a pessoa que antes a operava? Seo Vicentini, é certo, não perdera a sua competência e o seu conhecimento. Mas passou a valer mais a ferramenta que o hábil artesão que a manejava. Conhecimento? Mesmo nesse recente passado de que vos falo, valor ao conhecimento já era coisa do passado.
Por que tenho pensado tanto nisso? 
A pandemia da Peste Chinesa veio a intensificar e a cristalizar um processo já há muito em andamento : a digitalização do ensino, a substituição do sólido e confiável quadro-negro pela tela radiativa dos computadores e celulares; o professor pelas aulas gravadas. 
Pulularam "n" plataformas de apoio educacional, Meets, Zoom, Google Classroom e o caralho. Todo o subsídio necessário para o professor rasgar de vez o seu diploma e se tornar um youtuber.
Não usei nenhuma delas. Por relativa sorte, o Estado não teve como equipar os seus professores para que transmitissem aulas ao vivo, de suas residências. Dessa forma, não podendo nos obrigar a tal, criou um canal coletivo de transmissão de aulas gravadas por professores especialmente contratados para tal, o infame e famigerado Centro de Mídias de São Paulo. Aulas comuns a todos os alunos da rede pública estadual. Aos professores, coube a obrigação de também assistirem às aulas de suas disciplinas no CMSP, enviar atividades relativas aos temas tratados nelas para os alunos, recebê-las de volta e corrigi-las. E foi o que eu fiz. Enviei e recebi atividades por e-mail. E só. 
Teve professor - muitos - que não. Teve professor que pôs grana do próprio bolso para comprar computadores e celulares novos, e que, praticamente, montou um estúdio de edição em sua casa, transmitiu aulas, criou fóruns e o caralho a quatro; tudo gastando a sua própria internet, energia elétrica. E depois dizem que ganham pouco. 
Exploraram todas as plataformas, fizeram cursos on-line. A disputa passou a ser não mais por quem tinha a melhor aula ou o melhor domínio de sua disciplina, mas sim por aquele que usava a plataforma com a melhor interface, com recursos mais intuitivos, que tinha mais acessos, que recebia mais views. Como no caso do Seo Vicentini, a ferramenta superou, de longe e em importância, o conhecimento e a experiência docente.
Não sei mexer com essas plataformas digitais. Sou do tempo do giz e do apagador, as minhas máquinas de alavanca. Diferente do Seo Vicentini, eu poderia aprender a trabalhar com elas? Poderia me adaptar, me adequar ao uso dessa nova tecnologia? Creio até que sim. Mas, igualmente a ele, não sei se quero aprender o seu manejo. Aliás, sei : não quero
E não foram apenas os suportes e os aparatos físicos e analógicos do professor que se tornaram digitais, virtuais, etéreos; que, enfim, desintegraram-se. O chamado "material humano" com quem trabalhamos, o tal do alunado, a exemplo do sistema de ensino adotado durante a pandemia do vírus chinês, também completou a sua metamorfose para um ser híbrido. Cérebro que é parte massa encefálica, parte chip de celular; cada vez menos da primeira, cada vez mais da segunda. 
Um ser virtual, remoto, desintegrado. Que não tem coordenação motora nem para copiar a matéria do quadro, ser cuja única "habilidade" é mirar a lousa com a câmera de seu celular e a fotografar. Que só vai à escola pelo convívio social, para comer merenda, pelo Bolsa Família, para os seus rituais de acasalamento, para consumir e/ou fumar maconha no banheiro e, claro, para desrespeitar o professor.
Eu poderia me adaptar, me adequar, aprender a lidar com esse novo aluno, com esse apedeuta híbrido? Não! Ainda que eu quisesse, não conseguiria. E, terminantemente, não quero.
Pensando nisso tudo, agora, numa madrugada de sábado para domingo, ergo meu último latão de Lokal aos céus e emito um brado mudo, não obstante retumbante : Eu sou o Seo Vicentini!
Luiz Vicentini
19-e-guaraná-de-rolha - 2021
 
Descanse em paz, velho Abutre

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14 Comentários

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    1. Enfrentamento verbal é situação corriqueira. Raras são as salas de aula em que, para começarmos a trabalhar, não tenhamos que dar um bronca, uma traulitada em algum filho da puta. Enfrentamento físico, até hoje nunca ocorreu comigo. Sou carrancudo, não fico rindo pra vagabundo, não tento agradá-los, não fico chaleirando preguiçoso e tentando convencê-lo a estudar. Deixo bem claro, já nas primeiras aulas, que estou cagando se ele quer ou não estudar, se quiser dormir na minha aula, durma à vontade, desde que não me atrapalhe. Há tempos que deixei de dar as tais notas vermelhas. O cara que faz tudo, que participa, fica com oito, nove, dez. O vagabundo, a vitiminha, os oprimidos do Paulo Freire, os traficantes que vendem maconha por ser, segundo psicólogos, pedagogos, sociólogos, etc, a única defesa deles contra uma sociedade branca e burguesa, desde que não me encham o saco, eu dou um cinquinho básico pra eles passarem e irem logo embora da escola. Acho que eles percebem isso, que eu sei exatamente quem eles são, que não podem me enganar. Assim, embora a animosidade seja mantida dia a dia, nunca aconteceu de chegarmos às vias de fato, ficamos, eu e eles, feito cachorros que rosnam um para o outro.
      Se há duas décadas, quando da aposentadoria de seus pais, a coisa já estava ladeira abaixo, tente imaginar hoje. E que estágio curricular é esse que você terá que fazer? Alguma pós, alguma especialização?

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    3. Rapaz, pula fora dessa coisa de licenciatura!!!! Enquanto é tempo!!!

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    5. Rapaz, agora vou falar bem sério; não que eu não tenho falado quando disse pra você pular fora enquanto não está dentro. Se você acredita mesmo que "gosta" de dar aulas, sugiro que você não ocupe todo o seu tempo profissional com elas. Pegue uma "meia dúzia" de aulas, mas mantenha outra atividade paralela relacionada com a sua formação. Melhor : faça das aulas uma atividade paralela. Não aposte todas as suas fichas na docência, não empenhe todo o seu salário em sala de aula. Ninguém mais aposta todas as fichas na escola; nem o governo e muito menos o zé povinho.
      Não se comprometa demais com a profissão de professor. Tome-a como uma amante, algo para você fazer nas horas vagas. Não a torne sua profissão oficial. Acredite-me.
      Ah, esses moços, pobres moços, ah, se soubessem o que eu sei...
      Em tempo : qual sua idade?

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    7. Perguntei sua idade justamente por isso, acho que você já tinha comentado que era concursado em algum cargo, por isso achei estranho essa licenciatura em história. Se for como complemento, ainda vá lá. Mas precisa mesmo pôr na ponta do lápis se o ganho adicional valerá a mordida extra do Leão.
      Quando começar o estágio, conte-me quais foram as suas primeiras impressões. Se bem que você só saberá como é de fato dar aula quando tiver as suas salas.
      Abraço.

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  2. Meu pai formou-se em medicina na primeira metade do século XX (1930 a 1935, provavelmente). Era o início do século XX e, talvez por isso, graduou-se também em farmácia. Mas a história não acaba aí. Para incrementar a industrialização do país, o Getúlio Vargas permitiu que os farmacêuticos obtivessem também o registro de químicos. E meu pai era médico, farmacêutico e químico. Mas nunca quis exercer a medicina, pois formou-se apenas para atender o desejo de minha avó. Era o segundo filho mais novo de uma família numerosa e relativamente rica. Por isso, deve ter exercido a profissão de farmacêutico em uma das farmácias da família ou no laboratório de produtos farmacêuticos. Veio a Segunda Guerra e perderam tudo, mas não sei dizer o(s) motivos(s) dessa falência múltipla. Sobrou para meu pai e um dos irmãos sobreviventes o dever de honrar os compromissos assumidos antes da falência (graças ao convívio com agiotas durante muitos anos). Quando eu tinha ums treze anos meu pai finalmente conseguiu o emprego químico em uma fábrica de cimento. Mergulhou nos processos industriais utilizados e ficou empregado uns dez anos. Mas uma fábrica não é um emprego público e assim, tal como Seo Vicentini, perdeu o emprego quando a fábrica mudou o sistema de fabricação do cimento e ele não conseguiu ou não quis acompanhar a mudança, permanecendo desempregado até conseguir uma aposentadoria por idade. Que conclusões eu tiro disso? Que meu pai foi um profissional fracassado (realmente foi), incapaz de se adaptar às mudanças irrevogáveis, inexoráveis que o atropelaram ao longo da vida. Parece que era um bom médico, mas a ojeriza que tinha por uma profissão cuja razão de ser era o sofrimento dos outros, ou melhor, a cura desse sofrimento, o impediu de levar uma vida com a auto-estima e o amor próprio preservados. Este não é um comentário, apenas a recordação de uma vida que teve um ponto de contato com a vida do Abutre.

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    1. Creio ter lido esse seu relato lá no Blogson. Você disse que seu pai foi um profissional fracassado. Ele se sentia assim?
      No fim, não teremos, todos nós, um contato com o Abutre?

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    2. Duvido que a maioria dos pais assuma essa condição junto aos filhos. Eu apenas deduzi por frases soltas aqui e ali, pela depressão que hoje sei que sofria, pela ânsia de mostrar cultura, etc. Quando eu digo fracassado refiro-me ao curso de medicina jogado fora, às tentativas de abrir uma farmácia sem dinheiro e nenhum tino comercial, à demissão no final da vida.

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    3. Seu pai era um cara talentoso, arrisco-me a dizer. O mundo é que não teve talento para apreciá-lo e valorizá-lo. Como a alguns que eu já conheci. Nesses casos, a culpa é do mundo; ou da pessoa em questão, mesmo; culpa de ter nascido no mundo errado.

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  3. Infelizmente, com o avanço tecnológico, cada vez mais as máquinas tomarão os serviços de seus vicentinis da vida.

    O serviço mesmo de copiador foi abolido na minha faculdade. Simplesmente cortaram a mamata dos alunos de imprimirem a vontade só trazendo as folhas necessárias para a impressão. Venderam as máquinas para o japonês da esquina que montou uma fotocopiadora cobrando pela impressão. A faculdade se livrou de uns 3 caras trabalhando e ainda se livrou das impressoras kkkk, (stonks.gif).

    Acho muito difícil o serviço do professor se tornar 100 % online, principalmente em disciplinas laboratoriais. Infelizmente, grande parte dos cursos agora se tornarão online devido a amplitude de acesso. Uma escola boa em sp pode dar aulas pra um gajo em Portugal ou para outros estados do BR, e faturar mais que só aceitando locais. E mesmo o cara estando a muitos km de distância, vai preferir fazer o curso x pelo nome ou prestígio.

    Enfim, novos tempos. Seria esse o tal do "novo normal" que tanto falavam na globo??

    Abraços!!

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    1. Como eu disse, eu me sinto mesmo o Seo Vicentini diante dessas "inovações" peidagógicas. Tenho certeza de que poucas são as pessoas capazes de aprender à distância, que têm a disciplina e o compromisso para tal, ainda mais no Brasil, onde a palavra disciplina virou palavrão há muito tempo, onde essa nobre qualidade foi totalmente demolida nesses trinta e tantos anos de governos esquerdistas.

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