Nada mais de planar de asa-delta
Pelas bordas do cu de um buraco negro.
Nem de saltar de bunguee jump
Do pináculo do Monte Olimpo,
Embriagado de néctar, Afrodite e ambrosia.
Nada mais de atravessar
- de madrugada (sempre e nunca mais a madrugada) -,
Bêbado e equilibrista,
O vão do rio por sobre tubulações enferrujadas
E transpiradas de limo, metano e enxofre.
Nem de correr,
Querendo voar,
Sob o fogo cerrado da tempestade
A brincar de roleta-russa com relâmpagos
E fogos de Santelmo.
Nada mais de calçar minhas sandálias de Hermes,
Nem de envergar meu sobretudo da pele do Leão da Nemeia.
Nada mais, nada mais...
Apenas pequenos contos noturnos
E poemas despetalados.
2 Comentários
Como diria Dado Villa-Lobos..."não sei se é do vinho ou da vida, quando sinto assim."
ResponderExcluirpois acho que é dos dois, da vida e do vinho, ou da cerveja etc
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