Os Sem-Terra e os Sem-Pregas

Dizem que a necessidade faz estranhos aliados, eu digo que é a conveniência que os une. Nesse caso, porém, o aglutinador da esdrúxula aliança não é uma nem outra. Nesse caso, o elo entre eles é a ociosidade, a vagabundagem, a falta de serviço, de uma enxada nas mãos de sol a sol, a falta de vergonha na cara, de caráter mesmo, e a imensa vontade de conseguir privilégios e, de quebra, dar uma mamadinha nas tetas do governo.
Hoje, com cruzes nas mãos e ao som de baterias e gritos de ocupação, os manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) chegaram em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao lado de integrantes do Movimento LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros. 
Sem-terra e viadada lado a lado? O que eles têm em comum? Nem Stanislaw Ponte Preta poderia prever tamanho samba do crioulo doido.
Pelo pouco que consegui entender, o motivo inicial da manifestação parece ter sido a realização da 4ª Marcha contra a Homofobia. Aproveitando o espaço, o MST foi reivindicar a reforma agrária (que, para eles, significa ganhar uma terra do governo e, depois, vendê-la ou arrendá-la) e chegou até a encenar um teatrinho mambembe, simulando o assassinato dos trabalhadores do campo, representando o massacre em Felisburgo (MG). 
Massacre? Ou legítima defesa por parte de quem tem sua casa invadida por uma turba? Imagine sua casa sendo invadida por um bando aos gritos e com enxadas e foices nas mãos - enxadas e foices limpíssimas, uma vez que nunca usadas na lida -, o que você faria? Convidaria-os a entrar, serviria-lhes um cafezinho e os acomodaria confortavelmente em sua cama? Esses sem-terra apanham é pouco.
Mas a sandice não parou por aí. Com participação minoritária, praticamente simbólica, apenas à guisa de apoio moral, uniram-se aos sem-terra e aos sem-pregas o Movimento da Maconha e o das Mulheres. Sem-terra, sem-pregas, maconheiros e feministas suvacudas...Pããããta que o pariu!!! Nem o capeta os reuniria, até no Inferno, Mefistófeles os manteria separados em diferentes círculos. É muita gente à toa nesse país, vivendo às custas de quem trabalha, é muita gente querendo tudo sem nada produzir.
Se irão conseguir algo do que pleiteam junto ao STF e aos parlamentares, eu não sei, e espero sinceramente que não. Cadê as tropas de choque da polícia numa hora dessas? Cadê as balas de borracha e o gás lacrimogênio? Em professor, que trabalha pra caralho, e vai às ruas para pedir melhor salário e condições dignas de trabalho, o governo manda a cavalaria para cima, e para essa vagabundada, para esses escrotos, não sobra nem um cassetetezinho no lombo?
De qualquer forma, mesmo que não nada consigam das autoridades governamentais, os sem-terra e os sem-pregas só sairão de mãos abanando se quiserem. Os dois grupos bem que podem entrar em um acordo amigável, com vantagens para ambos os lados. Basta que os sem-terra convidem os sem-pregas para uma visita às suas rocinhas, para trocarem uma ideia, baterem um papinho, tomarem uma pinguinha de engenho, fumarem um cigarrinho de palha... E o pessoal do MST descobrirá, talvez surpreso, que terreno para plantar suas mandiocas é o que não falta nesse Brasilzão de merda.
Falando sério, eu só queria saber quem é que patrocina esses vagabundos, e com que intenções políticas.

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