"Parceria dos Viajantes" é o nome do CD de Zé Ramalho, de 2007, onde ele divide os vocais de algumas faixas do álbum.
A melhor delas é "A Nave Interior", parceria dele com Chico César, cuja letra abriga um pouco de cada peculiaridade que tornaram Zé Ramalho um espécime único da música brasileira; tem um quê de oráculo, de profecias, de alquimia, de hermetismo, algumas felizes aliterações, e a voz de catacumba do Zé.
Ah! E tem também a Pitty por dueto. Ah, a Pitty, com sua vozinha rouca, voz de travesseiro, e suas pernocas grossas a alegrar o ambiente. Que, afinal, nem só de rock vive o homem!!!
Abaixo a letra e depois um link para o vídeo, a Pitty com um corpinho invejável, um tesãozinho
Obs: Aos saudosos do RPM (que o capeta os tenha), o vídeo conta com a participação de Paulo Ricardo no contrabaixo.
A NAVE INTERIOR (Zé Ramalho e Chico César)
Não é de fora que a nave vem
É de dentro do peito que a nave sai
É de dentro da gente que a nau inaudita
Habita, repousa, amor e hidrogênio
É de dentro do peito que a nave sai
É de dentro da gente que a nau inaudita
Habita, repousa, amor e hidrogênio
Silêncio, saudade, soluço, selênio
A nau permanece mesmo quando vai
Secreta se curva, dá a gota, se agita
Se eleva no ar, resplandece e cai
A nau permanece mesmo quando vai
Secreta se curva, dá a gota, se agita
Se eleva no ar, resplandece e cai
A nave que é mãe
que é filho e é pai
É tudo e é nada
o povo e ninguém
que é filho e é pai
É tudo e é nada
o povo e ninguém
Não é de fora que a nave vem
É de dentro do peito que a nave sai
Não é de fora que a nave vem
É de dentro do peito que a nave sai
É de dentro do peito que a nave sai
Não é de fora que a nave vem
É de dentro do peito que a nave sai
Respirar, navegar é coisíssima igual
O ar que ri é o fogo da nau
No vale profundo que geme em nós
Reside o casulo do cavalo alado
O ar que ri é o fogo da nau
No vale profundo que geme em nós
Reside o casulo do cavalo alado
Na rainha-mãe ou no pobre coitado
Ali se espelha a centelha do gás
Se é moça ou rapaz, ancião ou criança
A chama não cansa de dançar a dança
Ali se espelha a centelha do gás
Se é moça ou rapaz, ancião ou criança
A chama não cansa de dançar a dança
A nave que é mãe (A nave que é mãe)
que é filho e é pai (que é filho e é pai)
É tudo e é nada (É tudo e é nada)
o povo e ninguém
que é filho e é pai (que é filho e é pai)
É tudo e é nada (É tudo e é nada)
o povo e ninguém
Não é de fora que a nave vem
É de dentro do peito que a nave sai
Não é de fora que a nave vem
É de dentro do peito que a nave sai
É de dentro do peito que a nave sai
Não é de fora que a nave vem
É de dentro do peito que a nave sai
Não é de fora que a nave vem
É de dentro do peito que a nave sai
Não é de fora que a nave vem
É de dentro do peito que a nave sai
É de dentro do peito que a nave sai
Não é de fora que a nave vem
É de dentro do peito que a nave sai
Link para vídeo
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