O Polissêmico Cu

Sempre gostei demais de um cu! É um apego, uma atração, que não encontra bases no racional e nem, tenho certeza, remonta apenas dessa vida. É uma coisa ancestral, atávica. Mediúnica, chega mesmo a me parecer. Assumo-me um aficionado por cu. Eu e o Rogério Skylab!
E, pelo visto, também o sorumbático GRF, cuja postagem Um Idioma Sem Culpa inspirou esta minha, que, assumo desde agora, nada tem de original, é uma cópia descarada e desavergonhada da dele.
O cu é órgão dos mais versáteis e multitarefas. Prestando-se, inclusive, ao ato de defecar.
E se o cu já é pau pra toda obra fisiológica e organicamente falando, semanticamente, então, ele é um coringa esquizofrênico.
O cu é mais polissêmico dos vocábulos.
O cu é monossilábico, mas tem muito a dizer. Se, por um lado, o cu é diminuto em sua grafia, por outro, é incomensurável, paulossilvínico em suas acepções e significados.
Infindáveis e inesgotáveis são os sentidos que o cu pode assumir nas igualmente sem-fim expressões idiomáticas da nossa Língua, inculta e chula, por isso bela.
Que é do que tratou a postagem do GRF, das diversas expressões idiomáticas que têm o cu como protagonista. Expressões que reproduzirei aqui da mesma forma que lá, numa tabela, quase que um infográfico. Depois da tabela, adicionarei umas tantas outras.
Outras expressões que homenageiam o cu:
- arrepiou até os cabelos do cu;
- quem come pimenta, sabe o cu que tem;
- pimenta no cu dos outros é refresco
- no cu do Judas;
- contar com o ovo no cu da galinha;
- enfia no cu essa merda;
- quero que o seu cu pegue fogo;
- é o cu da cobra;
- no olho do cu;
- cu de bêbado não tem dono;
- CDF, cu de ferro;
- vai dar o cu pra galinha bicar;
- é de foder o cu do palhaço;
- trancar o cu;
- vai coçar o cu com serrote;
- mais folgado que cu de avestruz;
- mais apertado que cu de pulga (contribuição do Jotabê)
- saliva de cu é creme rinse (essa, de minha autoria); 
- é melhor um cu no pau do que duas xavascas voando (idem)
E Viva o Cu!!!

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7 Comentários

  1. Mais uma expressão para sua "culeção" (o autor foi um colega que tive, muito engraçado): "Mais apertado que cu de pulga".

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    1. Rapaz, sugestão aceita, incluída na postagem e devidamente creditada. E olha que estamos falando de expressões mais ligadas a Minas, Rio, São Paulo, acredito que se subirmos pro nordeste haja um número inimaginável de expressões ligadas à região anatômica onde o sol não bate.

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  2. Lembrei das piadas do Costinha, mestre...não teve jeito.

    Macho bruto: "porra , vai chover pra caralho"

    Bichinha: "noooossssaaaa! Vou correndo botar meu cu na goteira"

    E a da bichinha que não deixaram carregar o morto: "enfia esse defunto no cu!"

    Dentre milhares de outras.

    Cássio - Recife / PE

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    1. Grande Cássio! Não sei se você é do tempo em que alguns humoristas, entre eles Ari Toledo e Costinha, lançavam discos de vinil com suas piadas que eram vendidos em bancas de jornais. O Costinha lançou uma série clássica com cinco volumes, O Peru da Festa, vol1, vol 2 etc.
      Tempos atrás consegui baixar os cinco da internet, gravei tudo num CD e, de vez em quando, ponho pra rodar. Pra dar umas boas risadas.
      Essa do "enfia esse defunto no cu" é um clássico!
      Noooooossssssaaaa!
      Abraço.

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    2. Salve , Azarão. Tenho aqui pelos meus arquivos mortos numa fita k7 (original da CID com capinha) um desses volumes do 'peru da festa'. Nem sei se esta fita ainda está em condiçao de uso. Sempre a ouvia com uns amigos , por volta de 1990, e as risadas eram garantidas. Há uns anos , até vi alguns desses vinis do Costinha à venda num ambulante aqui pelo centro de Recife mas nao tenho equipamentos pra tocar vinis e ja tinha esses discos em mp3 mesmo. Deixei pra lá.
      Nem sei se esses discos saíram em CD mas nestes atuais tempos politicamente corretos e com o mercado de CDs quase extinto, esqueçamos.

      Uma observação - lembrei do conto "política é o mesmo que foder cu de gato" (Bukowski , ' cronica de um amor louco' )

      Cássio - Recife / PE.

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    3. Também duvido que tenham lançado a pentalogia o Peru da Festa em CD, e muito menos que alguém tenha coragem de reeditá-los hoje em dia, temendo a ira do povo do arco-íris. Eu também os ouço às vezes, quando todo mundo aqui em casa já foi dormir e eu fico sozinho para terminar a(s) última (s) cervejinha(s),
      E quanto à frase do Bukowski, nada mais há a ser acrescentado. Bukowski é Bukowski.

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