Eles Venceram. E o Sinal Está Fechado Para Vocês, Que São Jovens

Trinta anos de o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, o Manual Prático de Formação do Delinquente Juvenil. Vinte e cinco anos da LDB, as Leis de Diretrizes e Bases do Ensino, a Cartilha Paulofreirista de Formação do Semianalfabeto, do "coitadinho", do "oprimido", da falsa inclusão e do blá-blá-blá verborrágico da pedagogia em substituição aos conteúdos científicos e acadêmicos de fato, o Português, a Matemática, a Química, a Física, a Biologia.
Vinte e cinco anos de Progressão Continuada, a promoção automática do vagabundo e do preguiçoso, sistema em que a simples presença - muitas vezes malcomportada e desrespeitosa - do aluno o capacita a "passar de ano", a ser promovido para a série seguinte. Vinte e cinco anos da oficialização e da valorização da vagabundagem escolar em detrimento do respeito, da disciplina e do afinco e da dedicação aos estudos.
E tudo!, tudo embasado "cientificamente" pelos pedagogos, educadores, teóricos de gabinete, sociólogos e toda a sorte de ideólogos da esquerda festiva, da esquerda caviar.
Logo, não foi preciso que tenhamos nos debruçado sobre o hermetismo de uma centúria de Nostradamus para prever o resultado colocado abaixo, publicado em manchete pelo portal G1 :
Os resultados que constatam de forma cabal o total naufrágio do ensino público brasileiro são das provas do Sistema de Avaliação do Ensino Básico, o Saeb, aplicadas em 2019. Importante que seja frisado : os resultados são do Saeb 2019! Ano em que o mundo ainda caminhava dentro de sua chamada normalidade. Não dá nem para colocar a culpa na pandemia da Peste Chinesa, que, de fato, levou a uma brutal queda do rendimento escolar em 2020.
E ainda que fossem os resultados de um Saeb (não realizado) 2020, ainda que fossem. Os números apresentados pela reportagem, tabulados pela plataforma QEdu e divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), correspondem aos aproveitamentos de alunos que acabaram de concluir o terceiro e último ano do ensino médio, que passaram, no mínimo, doze anos na escola. Um único (por enquanto) ano de pandemia não dizimaria desta forma com a formação escolar dos onze anos pregressos. Se tivessem sido onze anos bem feitos, sérios.
Apenas 5% dos jovens adultos brasileiros com diploma de ensino médio sabem voltar ou conferir um troco. Apenas 5% dos jovens adultos brasileiros com diploma de ensino médio sabem decidir, por exemplo, se compensa pagar 10 reais por uma embalagem de 500g de um produto ou 6 reais por uma de 250g; que dirá, então, decidir acertadamente entre pagar R$ 1,89 por uma latinha de cerveja de 350 ml ou R$ 2,39 por um latão de 473 ml, cálculo tão necessário em nosso dia a dia. Apenas 5% dos jovens adultos brasileiros com diploma de ensino médio sabem, inclusive, o que significam 5%.
A cada ano, a escola pública desova no mercado tropas de jovens adultos condenados ao fracasso, jovens que, se derem sorte, terão ocupações profissionais que qualquer chimpanzé bem treinado poderia cumprir até mesmo com maior eficiência, uma vez que não estaria distraído com seu telefone celular enquanto trabalhasse. Jovens adultos que envelhecerão pulando de subemprego para subemprego. E felizinhos e satisfeitos da vida, sem nenhuma mágoa ou revolta por suas inaptidões, pois foram também condicionados socialmente nos bancos escolares a tomarem seus fracassos como uma grande realização pessoal. Ao estabelecer e impor que, nas salas de aula e nos materiais didáticos adotados, sejam trabalhados, enfocados e supervalorizados apenas temas "relevantes e sensíveis" ao cotidiano do aluno, a escola, depois de anos e anos martelando nesta tecla, acaba por convencê-lo de que aquele seu cotidiano de merda não só é bom como também desejável, o único que lhe é possível. E o sujeito fica conformadinho. Pelo resto da vida. Funciona melhor que um sistema oficial de castas.
"Apenas 5% dos alunos da rede pública terminam o ensino médio com conhecimentos adequados em Matemática".
Diante de um quadro tão negro e da total desvalorização do quadro-negro, só me resta dar os meus parabéns aos pedagogos, aos educadores, aos teóricos de gabinetes, aos sociólogos e aos demais ideólogos esquerdistas deste nosso Brasil dantes mais varonil.
Meus mais sinceros parabéns De verdade. Sem nenhum laivo de sarcasmo ou de ironia. Vocês venceram. Dou-lhes a minha cara a torcer e o meu braço a tapa. O aniquilação do Ensino Público não foi uma fatalidade : foi um projeto! Ainda o é. Ainda está em andamento. Parabéns, mesmo. Vocês tiveram pleno sucesso nos seus planos para o fracasso da educação pública.
Eles venceram. Os ideólogos da esquerda canalha venceram. Os políticos de esquerda foram derrotados nas urnas; por outro lado, os ideólogos vermelhos infiltrados na educação nunca lograram maior triunfo.
Os ideólogos da esquerda venceram, por exaltar e conferir vantagens constitucionais à preguiça em um país de índole naturalmente preguiçosa.
Eles venceram. E o sinal está fechado para vocês, que são jovens.

Fonte : Portal G1

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18 Comentários

  1. Infelizmente, é tudo verdade. Gostaria que fosse um texto mais humorado ou irônico ao seu estilo mas não há possibilidades diante de uma situação infeliz assim e comemorada por muitos . Sei como é. Não é por acaso que o país para por conta de bbb ou a tatuagem da anita.

    Cássio - Recife/PE

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    1. E enquanto isso, aqui no estado de SP, o governador Dória mexeu na estrutura de todo o currículo escolar para adicionar novas disciplinas "importantíssimas" como, por exemplo, uma chamada Projeto de Vida, na qual fica se discutindo os "sonhos" dos alunos. E Matemática que é bom, ou ao menos necessária, vai ficando cada vez mais em segundo plano. A partir do ano que vem, os alunos que estão ingressando no 1º ano do ensino médio neste ano poderão escolher as matérias que irão cursar.
      Está tudo dominado por essa corja, meu caro.
      Grande abraço.

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  2. E não pensem que a coisa para por aí. Pelo contrário, o barril de merda continua rolando ladeira abaixo rumo às escolinhas técnicas e universidades, palcos propícios para as mentes férteis dos pedagogos e estudiosos com "notório saber" em "educação", por sua vez adubadas com muita esterco.

    Tive a infelicidade de ser professor de escola técnica e confesso que o fazia com náuseas, sobretudo diante de pressões fortíssimas para aprovação em massa do gado que sequer sabia manusear uma calculadora de cobrador de ônibus, quem dirá uma científica. E isso foi no auge da esquerda no poder.

    A justificativa? Você deve trabalhar com o material que tem, não com aquele que desejaria ter. Pois bem, imaginem se conseguir esculpir algum Davi?

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    1. Conheço esse papinho canalha de se trabalhar com o que tem faz tempo. Se nas escolas técnicas, nas quais, acredito, ainda haja uma seleção do alunado através de um vestibulinho, a coisa está assim, imagine, então, nas escolas "normais".
      O material humano já não é de grande qualidade e eles sabendo que serão aprovados em massa não se esforçam para melhorar nem que seja um pouco. Nâo seria preciso brotar nenhum gênio dos bancos escolares, um técnico competente e bem formado já nos deixaria satisfeitos.
      Esculpir um Davi? Não dá nem pra esculpir só aquela piroquinha dele!

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    2. Seleção? Bom, só se for por sorteio de vagas. Literalmente. Já ouviu falar do PROEJA?

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    3. Proeja? Primeira vez que escuto. Mas pelo nome será que é uma espécie de "supletivo" de curso técnico?

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    4. PROEJA é o EJA técnico, a grande sacada do PT. Começa pela seleção do público discente, que é por sorteio mesmo. É uma espécie de MOBRAL profissionalizante. Nas palavras de um falecido colega: você pega a lombriga, dá uma lavadinha nela, dá muito "amor e carinho" e, no final, ela ganha um diploma de técnico. Só tem um problema: se tirar a lombriga da merda, ela morre.

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    5. Enquanto isso, o chinesinho está lá, estudando (de verdade)doze horas por dia... Países que dominam o mundo e países que são dominados não têm nada a ver com a sorte.

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  3. Parabéns pelas palavras. Um verdadeiro soco no estômago da nossa triste realidade brasileira.

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  4. Que texto fantástico meu caro Marreta! Fantástico e muito, muito triste e verdadeiro. Abraços e força!

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  5. Olá, Marreta,

    Meu irmão é professor em cursos de graduação, mestrado e doutorado. E já me falou que topa com analfabetos regularmente. Contudo, por sindicalismo (acadêmico de federal etc), não se insurge contra doutrina paulofreiriana. Ninguém quer ficar mal na fita e no final das contas... que se fodam todos. Farinha pouca...

    Estamos fodidos.

    Abraços!

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    1. Sim, estamos fodidos. E faz tempo, meu caro, e faz tempo.
      Abraço.

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    2. Seguindo a ideia de vocês, tive um professor que dizia em casos similares: "faço minha parte, explico, tiro dúvidas; depois, o mercado seleciona..."

      Cássio - Recife/PE.

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    3. Nâo é minha ideia, não, pelo contrário, é exatamente o oposto do que penso. Para mim, tinha que ser ferro na boneca, quem fosse bom, passava, quem não, que se danasse.
      Já ouvi milhares de vezes essa história de que o mercado seleciona. E tenho ânsia de vômito a cada vez que a ouço. E o dia em que o mercado só tiver gente incompetente para selecionar? Eu falo isso há mais de vinte anos e esse dia chegou.Será que os 5% que sabem um pouco de matemática são suficientes para suprir o mercado? O mercado vai ter que "selecionar" também entre os outros 95% que não sabem nem fazer o "Ó" com o cu.
      Essa fala do seu professor, muitas vezes, é uma maneira até do cara se conformar com o desprezo e o desrespeito pelo trabalho dele, por ele saber que, no fim do ano, ele querendo ou não, a lei o obrigará a aprovar o vagabundo que o perturbou o ano todo. Já conheci muito cara bom, que entra no Estado cheio de gás e boa vontade e, em coisa de 4, 5, 10 anos, está destruído. O sistema é implacável e inexpugnável,meu caro.
      Sigo sem concordar com essas patifarias, mas sei nada posso de efetivo contra ela. Muitas vezes, e é o meu caso, durante o ano, a cada bimestre, eu vou dando a nota mínima pro sujeito passar (merecendo ele passar ou não) como forma de pagar pelo meu sossego, uma vez que a aprovação dele será mesmo inevitável, se dará por decreto. Todos que trabalham comigo sabem disso. Assumo publicamente. Sem nenhum orgulho. Só em prol de minha sobrevivência e pelo bem que ainda resta de minha saúde mental.
      Abraço.

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    4. Também ouvi frases parecidas diversas vezes. E penso que o professor do Cássio pode estar apenas querendo isso: sossego. Talvez ele seja como você, Marreta. Não acredita, mas não se vê com forças para lutar contra o sistema implantado e o pensamento majoritário e apenas diz isso para jogar a sujeira para baixo do tapete. Serve como exemplo similar, aliás, o que falei de meu próprio irmão. O cara quer é paz.
      Agora, o que você falou é curioso e também me questionei sobre tudo isso: em nossa velhice, acaso estejamos vivos para ver, essas pessoas estarão à frente da vida pública e negocial à nossa volta. Imagine um médico, analfabeto, cuidando de você na terceira idade. E isso não difícil. Basta ir passando os degraus necessários e, na graduação, ingressar numa particular qualquer (crescem a cada dia), com bolsa, financiamento ou porque os pais toparão pagar dez mil por mês de mensalidade.
      Essa geração burra, vazia, floco de neve e boderline cuidará do planeta!

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    5. Do planeta, eu não sei, mas do Brasil, sim, com certeza.
      Médicos "analfabetos" já existem aos montes, meu caro. Médicos incapazes de interpretar um diagnóstico de imagem como um raio-x. Dê uma lida e trema:
      https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/pordentrodasprofissoes/maior-parte-dos-futuros-medicos-nao-sabe-interpretar-radiografia/

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    6. Medonho. Só aqui na minha rua há duas estudantes de Medicina que vou te contar... Vai ser feio.

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