Da boca da mulherada : o Chico é lindo, o Chico é gênio, o Chico é sensível, o Chico entende como ninguém a alma feminina.
Sem
 nenhum tipo de viadagem, eu concordo! Sobretudo com o último aspecto. O
 Chico é um craque, um expert na essência e no comportamento feminino. As
 músicas do Chico escritas e cantadas no eu-lírico feminino são um 
bálsamo para a mulheres, confortam-lhes o espírito e lhes encharcam o 
entrepernas. Que melhor canção, então, para servir de homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que não uma do Chico?
E
 um clássico do Chico! Uma canção em que ele dá um sábio conselho à 
mulherada; conselho muito útil, diga-se de passagem, nestes atuais dias 
de escassez do verdadeiro macho no mercado. Mais que um conselho : essa 
canção é um manual de conduta para a mulher que quer bem manter o homem 
que escolheu para chamar de seu. O bê-á-bá da mulher que pretende 
conservar o seu benquerer, uma verdadeira cartilha de educação 
sentimental, a Caminho Suave da nem sempre tão suave relação 
homem-mulher.
Com Açúçar, Com Afeto! É lógico. Escutem o Chico, ele sabe das coisas. Mirem-se no exemplo dessas modernas mulheres de Atenas.
"Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato e abro os meus braços pra você". Isso é que é letra, isso é que é exemplo.
E
 viva a mulherada! E viva o Dia Intenacional da Mulher! E, homessa, viva
 o Chico, o gênio, o lindo, o sensível, o da alma feminina, sumo 
tradutor!
Com Açúcar, Com Afeto
(Chico Buarque de Hollanda) 
Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa, qual o quê!
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa
Você diz que é um operário, vai em busca do salário
Pra poder me sustentar, qual o quê!
No caminho da oficina, existe um bar em cada esquina
Pra você comemorar, sei lá o quê!
Sei que alguém vai sentar junto, você vai puxar assunto
Discutindo futebol
E ficar olhando as saias de quem vive pelas praias
Coloridas pelo sol
Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo
Você vai querer cantar
Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo
Pra você rememorar
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê!
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
Pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado
Como vou me aborrecer? Qual o quê!
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
E abro os meus braços pra você.
Pra você parar em casa, qual o quê!
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa
Você diz que é um operário, vai em busca do salário
Pra poder me sustentar, qual o quê!
No caminho da oficina, existe um bar em cada esquina
Pra você comemorar, sei lá o quê!
Sei que alguém vai sentar junto, você vai puxar assunto
Discutindo futebol
E ficar olhando as saias de quem vive pelas praias
Coloridas pelo sol
Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo
Você vai querer cantar
Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo
Pra você rememorar
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê!
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
Pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado
Como vou me aborrecer? Qual o quê!
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
E abro os meus braços pra você.
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