Cerveja Colônia, Agora na Versão Tambor

Vivemos em tristes tempos de exageros. Há muito que o consumismo se impôs ao consumo. Há não muito tempo, vivíamos a era do kilo : kilogramas, kilômetros, kilowatts, e vivíamos bem. Hoje, kilo é pouco, é miséria, é obsoleto, é cafona, ou, como diria o francês, démodé.
Consumimos em megas, em gigas, em teras. Porém, ainda recebemos nossos soldos em reais. Led, plasma, TVs com telas maiores que a benga do Kid Bengala, megapixels, 3D, wi-fi, wireless, bluetooth, whatsapp, tablets, ultrabooks, 88ª posição no ranking da educação da Unesco, de um total de 156 países avaliados.
Tudo é anabolizado, bombado, vazio, oco, inconsistente, carne de frango. O inútil se fez imprescíndivel em todos os setores da vida moderna. Tudo cresceu no século XXI, exceções feitas ao cérebro do povo e à sua capacidade de discernir entre o que realmente precisa e o que, simplesmente, deseja; pior, o que simplesmente lhe disseram que deve desejar.
Então, por que não o exagero se instalar também em segmentos e artigos de suma importância à população, em produtos de primeira necessidade?
Pensando nisso - visualizando esse nicho mercadológico -, em tornar Giga o que é o básico, o que é o mínimo, a Cervejaria Colônia lançou não o latão não de 473 ou de 550 ml, mas sim o latão de 710 ml.
Pãããta que o pariu!
Isso é um barril de petróleo. É um daqueles tambores que o povo corta ao meio, longitudinalmente, e transforma em churrasqueira. É a maior lata de cerveja do país.
E ainda avisa quando está na temperatura ideal para ser bebida : o logotipo da marca, ao alto da lata, vem impresso em tinta termocrômica, que passa da cor branca para a azul ao ficar gelada. Recurso desnecessário, frescura, para dizer a verdade. Bebedor de cerveja que é bebedor de cerveja sabe se tá no ponto só de pegar na latinha.
Ainda não encontrei da hipertrofiada lata pelos mercados em que circulo, mas já provei da Colônia : é  boa, e barata!

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