As Cláudias Ohanas de Plástico Não Morrem

Há três meses, a ex-deusa pentelhuda Claúdia Ohana declarou : Eu raspo a buceta !
Ah, Ohana, que pena, que desperdício... debaixo dos caracóis de seus cabelos,  um sorriso e a vontade de ficar mais um instante.
Deixou órfão um séquito de fiéis adoradores, de mãos igualmente cabeludas.
E o que é pior : jogou a toalha, foi à lona no MMA da depilação. Concedeu a vitória cabal à canalhada da ridícula estética do "limpinho". 
Ao menos, foi o que me pareceu à época, que o destino de todos os pentelhos do mundo estava selado. Que a queda de Ohana houvesse, também, decretado a extinção das confortáveis e painosas moitas pubianas, o melhor travesseiro do mundo para encostar a cabecinha e chorar.
Porém, a despeito de todo o meu pessimismo, de todo o meu derrotismo, e apesar do duro golpe sofrido pela humanidade macha das antigas com a capitulação de Ohana, há os resistentes, os antes de tudo uns fortes, os que, em períodos de adversidade, garantem a sobrevivência da espécie, os que estoicamente se opõem à ditadura das Barbies - mulher com buceta raspada e escanhoada fica igual à boneca Barbie.
Começam a despontar sinais de resistência no front, no nu frontal. Sinais ainda tímidos e isolados, é verdade; ações pontuais de antagonismo, quase que de guerrilha, contra a hegemonia das Barbies. Um novo e incipiente movimento, apenas a engatinhar, mas que já renova a minha fé num futuro mais arborizado.
Uma dessas células de resistência à xavasca depilada é a rede de lojas estadunidense American Apparel. O dia dos namorados lá deles, dos filhotes do Tio Sam, é em 14 de fevereiro, e as vitrines temáticas das American Apparel estão dando o que falar nas redes sociais, o antro da geração acéfala e politicamente correta (difícil, nesse caso, é identificar a causa e o efeito, se essa geraçãozinha de merda que aí está é acéfala por ser politicamente correta, ou politicamente correta por ser acéfala).
O twitteiros, instangreiros, facebookeiros, ou seja, toda a flora intestinal de idiotas que habita as redes sociais está a considerar de mau gosto e apelativas as vitrines das American Apparel.
A rede de lojas está exibindo manequins de plástico com bastos pelos pubianos à mostra, em profusão, fugindo dos limites elásticos das lingeries transparentes. Não bastasse, para melhorar ainda mais, para matar do coração os machos das antigas e, de nojo, os viadinhos metrossexuais, os mamilos dos manequins foram realçados, estão acesíssimos, faróis de alexandria a iluminar mares nunca dantes navegados. Uma delícia. Óculos também foram adicionados aos manequins, item pelo qual muitos acalentam fetiche, aquela coisa da intelectual reprimida, falsamente feiosa, que vira uma ninfomaníaca quando solta o cabelo, tira os óculos, abre a blusa abotoada até o pescoço e revela um par de peitos gigantes.
Acusada pelos corretinhos de rosca frouxa de realizar "pornografia estilizada", a American Apparel, em comunicado à imprensa, disse que a ideia é valorizar e celebrar a beleza natural feminina. E eu concordo! Pãããta que o pariu se concordo!!!
"De por entre os pelos viemos, para entre os pelos iremos retornar." É bíblico, porra! Tá lá na Bíblia do Onanista, em algum capítulo, em algum versículo, de suas páginas grudadas.
Já falei isto várias vezes aqui, quem tem buceta lisinha ou é criança, ou é justamente a boneca Barbie. E quem tem paudurescência em xavasca "carinha de bebê" só pode portar francos pendores pedófilos.
E a American Apparel não se limita a exibir os pentelhos sintéticos dos manequins plásticos. Suas modelos de carne e osso - e pelos - também não escondem suas vastas matas.
E aí? Preferem dar uma trepadinha com uma peludinha dessa ou com a boneca Barbie?
Quem sabe - a esperança do punheteiro é a última que amolece - alguém não põe a American Apparel e a Cláudia Ohana em contato? Quem sabe, por um contrato milionário, la Ohana não abandone o prestobarba, a cera quente, e volte às suas bucólicas e arcádicas origens?

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