PESTE X deus

Ouvi, hoje, no matutino "Bom Dia São Paulo", das orientações da cúpula da igreja católica aos seus padres de como se comportarem frente à possibilidade da disseminação da Gripe Suína em suas paróquias.
Uma orientação é que os fiés, ungidos em plenitude pelo espírito cristão, não mais se deem as mãos a certa altura lá do ritual deles.
Belo exemplo de solidariedade cristã. Frente à adversidade, frente ao apocalipse ou, pelo menos, a um de seus cavaleiros, a Peste no caso, não dê a mão a seu irmão, recomenda a santa igreja, retire seu apoio fraternal.
A segunda orientação é para que o padre não mais ponha a hóstia diretamente à boca de sua ovelha que atravessa o vale das sombras, para que não se contamine através da saliva.
Outra exemplar demonstração de fé e confiança em seu deus.
Eu, particularmente, também temo a boca católica, abundante de peçonha e maledicência, mas será que um deus tão justo e bondoso não é capaz de proteger os seus sacerdotes da Peste? Ainda mais quando desses nos exercícios de suas sagradas funções?
Ou será que o problema está nos sacerdotes, que não têm a crença suficientemente arraigada de que seu deus possa protegê-los?
Fé fraca ou deus fraco?
Ambos, é a minha resposta.
E todos agem de maneira a confirmar a minha resposta.
Mas ninguém sequer se apercebe disso.

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