A caneta,
O caderno,
"quanto branco, oh, quanta anedonia, nem um só garrancho em seus salões...";
No copo,
A recém-solteirice da Coca com gelo,
Abandonada pelo Rum,
Que disse que ia à esquina
Comprar mais rum
E nunca mais voltou;
No toca-CD,
Nélson Gonçalves
É-me um farrapo de voz;
No banco circular de madeira de bordas lascadas,
No escuro da sacada,
Eu,
Sóbrio,
Tentando trocar a depressão pela tristeza
E sorrir para isso;
Eu,
Pedaço de vida no mundo a rolar.
8 Comentários
Rum + coca + gelo + limão.........Já fui fã dessa combinação. Agora só bebo água com limão. Por que? perdi o tesão em bebidas que me tirem a razão....Tentei rimar, mas sem tanta empolgação.
ResponderExcluirCuba libre, bebida intragável da minha juventude. Deixo para você uma frase muito boa (eu também não bebo mais): "a realidade me satisfaz".
ExcluirRoniere, e achou alguma bebida que lhe traga à razão? Ou, como bem disse Humberto Gessinger, eu sei que eles têm razão, mas a razão é só o que eles têm.
ExcluirNada. Mas já fiz bobagens por conta da bebida. Quem não as fez? Só perdi o paladar por álcool mesmo. Bebo, as vezes, umas poucas cervejas.
Excluircomo diria um romano gastando seu latim: tempora dura! ou tempos difíceis!
ResponderExcluirA realidade bêbada é menos chata. Essa minha sobriedade, bem sabes, não é voluntária, será temporária. Por quanto tempo, eis a questão. Gosto de tomar uma cuba ouvindo uma musicona antiga pela madrugada, gosto, me faz bem, mas...
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRapaz, mais uma vez agradeço a atenção dada a mim e ao meu blog, e aproveito para me desculpar pela ausência (espero que passageira) de novas publicações, ando passando por um período de profunda depressão, crise pessoal e apatia.
ResponderExcluirVou ver os links que gentilmente me enviou e comento depois.
E ninguém vai te criticar aqui, não. Garanto.
Grande abraço.