Aos Que Votaram em Lula (14)

Chega de ó, vós, que votastes em Lula. Chega do irônico e imerecido plural majestático para me referir a vocês. Apenas um ou dois pronomes (adjetivos que agora transformo em pronomes) podem ser devidamente lhes aplicados : ó, otários, ó manés que votaram em Lula, acreditando-lhe um democrata, um não-fascista, um não-brucutu, como diziam de Bolsonaro.
Nem meio ano de governo e as leis de censura à liberdade de expressão já estão sendo votadas e aprovadas a pleno vapor e a toque de caixa na Câmara, no Congresso e no STF. Nem meio ano e a pancadaria contra repórteres já começou. 
Pancadaria física, mesmo. Porrada de fato. Não no sentido figurado.
Nicolás Maduro, compadre de Lula, ditador venezuelano com a cabeça a prêmio de 15 milhões de dólares no Bureau of International Narcotics and Law Enforcement Services (INL), está no Brasil e vem sendo recebido desde ontem por aqui com todas as honras e pompas pelos órgãos oficiais do governo e pela imprensa esquerdista.
E quem dá hospitalidade (e elege) a bandido tem mais é que ter o cu comido, arrombado. 
Ao tentar fazer a cobertura da lamentável visita e se aproximar da comitiva de Maduro, a repórter Delis Ortiz, funcionária da Rede Globo, um dos maiores cabos eleitorais de Lula, foi rechaçada pelos seguranças do ditador. E não foi um "chega pra lá" qualquer, não, não foi uma mão a tapar o microfone, ou a obstruir a câmera.
Delis Ortiz levou um tremendo dum soco no meio do peito, um murro de um dos capangas de Maduro. Necessitou de atendimento médico e já passa bem, ao menos fisicamente. Cadê os merdas dos defensores dos direitos humanos, dos defensores da liberdade de imprensa, das feminazis, cadê, agora, essa vermelhada escrota toda que realocou Lula no Planalto?
E não foram apenas os homens de Maduro a descerem o sarrafo na jornalistada. Aproveitando a oportunidade, agentes do GSI, o Gabinete de Segurança Institucional, responsáveis pela segurança de Lula, também deram os seus catiripapos nos repórteres. Dois déspotas. Duas gestapos. 
Cadê, agora, a turminha do "o que importa é que o amor venceu"? Ah, então, vai ver que é isso... o soco que Delis Ortiz levou foi um tapinha de amor, e tapinha de amor não dói, certo? 
Abaixo, Delis Ortiz, a repórter agredida.


A ação criminosa dos agentes de Maduro e dos do GSI foi relatadaa pela própria Rede Globo, empregadora de Delis Ortiz, junto a uma nota de repúdio lida ontem, 30/05, pela jornalista Renata Vasconcelos no Jornal Nacional, uma notícia vil dada em horário nobre.
– A Globo repudia o ato de violência contra os jornalistas, se solidariza e aguarda providências a serem tomadas para punição dos responsáveis – disse a âncora do telejornal.
Lamento muito pela repórter em si, a que apanhou, lamento por ela como uma pessoa impedida e agredida por simplesmente estar no exercício de seu trabalho, sei bem como é isso. 
Mas não lamento porra nenhuma pelo contexto geral. Não lamento porra nenhuma por nenhum órgão de imprensa ou mané qualquer que tenha votado em Lula. Pelo contrário, estou em total êxtase, regojizo, estou tendo orgasmos múltiplos de satisfação cívica.
E é daqui para pior. E vocês sabiam disso, ó, manés, que votaram em Lula.
Quem é o fascista agora? O genocida? O misógino?
Continuem a fazer o "L" agora, seus filhos de uma boa mãe.

Manchete do portal G1 :

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11 Comentários

  1. Sempre deixei claro que meus candidatos preferenciais nas duas últimas eleições para a presidência deste país de merda foram o Henrique Meirelles e a Simone Tebet. Infelizmente, nenhum dos dois passou para o segundo turno quando se candidataram. Quando o Bozo foi eleito, torci intensamente para que fizesse um bom governo, mas ele fez questão de cagar tudo com sua incapacidade de aceitar o predomínio da ciência sobre sua crença pessoal. Já o Lula (e você como um dos primeiros leitores do finado Blogson Crusoe sabe) sempre foi motivo de muita aversão da minha parte, mesmo que torça intensamente para que faça um bom governo. Na verdade a aversão tem um componente pragmático maior que a ideologia (que também sou contra) pois foi nos governos do PT que explodiram a situação tranquila do meu plano de aposentadoria privada (me aposentei em empresa pública). Hoje eu pago uma baba para ajudar na recuperação do rombo. Não tenho nenhuma dúvida de que morrerei pagando essa filhadaputagem. Mas, voltando ao Lula, eu até espumei de ódio quando ele resolveu cagar um pouco ao ficar curtindo um ditador de esquerda. Fiquei muuuito puto. Mas ficaria também se o merda do Bozo fizesse o mesmo com o Erdogan, etc. Por isso, continuo celebrando (ad aeternum) a não reeleição do cavalão. Mas essa agressão à jornalista precisa ser punida com toda a ênfase, algum cu precisa ser comido. Estamos vivendo em um tempo odioso onde vira e mexe alguém mata sua esposa ou namorada. Agora, aguentar brutamontes de outro país barbarizando no Brasil já está passando dos limites.

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    1. Passando dos limites? Ainda "passando"?
      E não foram só os capangas do Maduro, os mercenários fortemente armados (sim, Lula também adora uma "arminha", sempre gostou, desde o tempo em que seus companheiros sequestraram e assaltavam bancos) do GSI também aproveitaram o embalo e desceram o sarrafo na imprensa.
      Parece até coisa do Bolsonaro, né? Mas que estranho.... nunca houve nada sequer parecido na gestão do Cavalão. Muito estranho isso. Um verdadeiro enigma.
      Passando?

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    1. E eu achei foi bom. Pena não ter sido na Míriam Leitão. E faço votos de que essa imprensa apanhe cada vez mais da democracia que ajudaram a restaurar.
      Afinal, tapinha de amor não dói, certo? E o amor venceu.
      Abraço.

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  3. Azarão, viu que collor foi condenado ao xilindró?

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    1. Infelizmente, no máximo, ele pega prisão domiciliar, uma tornozeleirinha, não passa disso.

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  4. O senhor que era adulto na era collor, o que achava dele?

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    1. Eu contava com 23 anos em 1990. Na época, o Collor era novinho, todo mauricinho etc. Nunca acreditei muito, mesmo naquela época, na imagem de bom moço que foi a base da campanha dele, mas como o principal concorrente dele era o Lula, não tive dúvidas: votei no Collor. Digo isso sem nenhum orgulho, claro, mas se o Lula tivesse ganho já em 1990, tenho certeza de que estaríamos muito pior hoje.
      Abraço.

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    2. Eu fiz a mesma escolha que você, votei no Collor para não votar no Lula. Depois, achei aquelas camisetas "temáticas" para correr e passar a imagem de bom moço fodão a coisa mais brega do mundo.E culminou com a goela absurdamente larga de seu"tesoureiro" PC Farias que cobrava propinas de 40% do valor de cada obra (esse era o boato nas construtoras, acostumadas com até 15%). A única coisa boa que teve em seu governo foi a cunhada gostosa Theresa Collor.

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    3. De fato, a Theresa era carne de primeira.

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