Dentre as diversas modalidades de interações e associações entre os seres vivos, harmônicas ou desarmônicas, há a chamada protocooperação. Ela é definida como uma relação que, caso aconteça, beneficia mutuamente as duas espécies cooperadas; caso não ocorra, ou seja desfeita, não acarreta graves e definitivos prejuízos para os envolvidos, não é obstáculo para suas sobrevivência e reprodução. Ou seja, a protocooperação é uma associação facultativa e transitória, de conveniência, digamos assim.O exemplo mais corriqueiro e caseiro que temos é o do anu, ave insetívora negra que pousa no dorso de um boi, de um cavalo, e se alimenta dos piolhos e dos carrapatos desses animais. O anu enche o bucho e o boi se vê livre de seus parasitas. No entanto, se o anu não achar um boi empesteado para lhe comer os carrapatos, não morrerá de fome, os caçará em outras plagas; assim como o boi não irá definhar e morrer exangue se não encontrar um anu que o faça de pasto.
Outro exemplo clássico e didático de protocooperação, esse alheio ao nosso território e à nossa fauna, é o caso do pássaro-palito, que se alimenta dos restos de carne presos aos dentes do crocodilo, carne que, se ali permanecesse e apodrecesse, poderia eventualmente causar alguma infecção ao temido réptil.
Então, entra em ação o pássaro-palito, o periodontista da natureza. O crocodilo escancara a bocarra e o pássaro-palito passeia por todo o seu interior, retirando e comendo os restos da refeição do crocodilo. O pássaro-palito se farta e o crocodilo economiza uma visita ao dentista para uma limpeza de dentes e gengivas. Igualmente ao caso do anu e do boi, caso esse toma lá, dá cá não ocorra, crocodilo e pássaro-palito não morrerão nem passarão grandes apuros por isso.
Daí eu ter achado das mais bem sacadas a charge do cartunista Benett. Nela, ele traça um paralelo entre a protocooperação e as coligações e conchavos de nossos políticos, relações de conveniência por excelência : se acontecem, beneficiam os dois partidos mancomunados; caso contrário, os partidos sobrevivem muito bem e obrigado.
Outro exemplo clássico e didático de protocooperação, esse alheio ao nosso território e à nossa fauna, é o caso do pássaro-palito, que se alimenta dos restos de carne presos aos dentes do crocodilo, carne que, se ali permanecesse e apodrecesse, poderia eventualmente causar alguma infecção ao temido réptil.
Então, entra em ação o pássaro-palito, o periodontista da natureza. O crocodilo escancara a bocarra e o pássaro-palito passeia por todo o seu interior, retirando e comendo os restos da refeição do crocodilo. O pássaro-palito se farta e o crocodilo economiza uma visita ao dentista para uma limpeza de dentes e gengivas. Igualmente ao caso do anu e do boi, caso esse toma lá, dá cá não ocorra, crocodilo e pássaro-palito não morrerão nem passarão grandes apuros por isso.
Daí eu ter achado das mais bem sacadas a charge do cartunista Benett. Nela, ele traça um paralelo entre a protocooperação e as coligações e conchavos de nossos políticos, relações de conveniência por excelência : se acontecem, beneficiam os dois partidos mancomunados; caso contrário, os partidos sobrevivem muito bem e obrigado.
O tucano do PSDB, rebaixado (ou promovido, a depender do ponto de vista) a pássaro-palito, se alimenta tranquilamente dos restos do governo Bolsonaro, representado por um crocodilo de quepe. Convenientemente, o tucano-palito se aproveita das sobras e limpa as sujeiras do crocodilo.
Achei genial.
0 Comentários