Vestibular Pra Petista

Parece-me que, com o desmascaramento, a total desmoralização do partido da estrelinha vermelha, a pouca procura por novas afiliações, a perda de antigos membros e a consequente queda da arrecadação, o PT, o comando vermelho do capo Luis Inácio Lula da Silva, começa a se mobilizar no arrebanhamento de novos integrantes para as suas desfalcadas fileiras.
E que melhor lugar para recrutá-los - a esses girinos de sapo barbudo - que nas salas de aula das universidades públicas, notórios guetos marxistas, prolíficos criadouros e manjedouras de comunistazinhos de merda?
Tanto melhor se for em uma das instituições de ensino mais conceituadas (ainda) do país, a USP. A USP vive hoje muito mais da fama de seu nome e de seu sério, decente e distante passado do que de efetivas realizações e inovações acadêmicas. Tornou-se, de décadas para cá, em um fértil celeiro de aspirantes a Che Guevara, em uma academia preparatória de militantes de esquerda.
Há tempos que a USP - e isso pode também ser estendido às universidades federais - forma melhores ativistas de esquerda do que bons médicos, engenheiros, farmacêuticos, químicos, linguistas, professores etc. Profissionais que, depois de formados, sairão a reproduzir, disseminar e a inocular a ideologia vermelha em seus ambientes de trabalho.
Sei do que falo. Na escola em que leciono, tenho contato com alunos da USP, principalmente dos cursos de biologia e de química, que para lá acorrem em busca de cumprirem seus estágios obrigatórios das disciplinas de licenciatura, alunos do quarto ano, do último ano. Parvos, néscios, totalmente ineptos e ignorantes em relação ao conteúdo de seus cursos. Nunca os vejo com um único livro na mão. Não boto a menor fé em "estudante" que não carrega livro. Nunca os vejo comentar ou discutir entre si sobre esse, ou aquele, ou aqueloutro tema relacionado aos seus currículos. Nunca os vi dizer que estão a estudar e a se preocupar com essa, ou com aquela prova. Carregam consigo apenas os seus indefectíveis sorrisos paspalhos e telefones celulares.
Estudantes não só desprovidos de conteúdo específico, como também de respeito e boa conduta. Eu mesmo, há três ou quatro anos, expulsei de uma sala minha de terceiro colegial duas estagiárias da USP, muito bonitinhas e gostosinhas, até. As tais conversavam mais entre si e masturbavam mais seus celulares que os próprios alunos. Foram reclamar de mim à diretora, pelo constrangimento. Interpelado pela diretora, respondi simplesmente : - E?
Por outro lado, pergunte a um desses estudantes sobre as cotas e a inclusão nas universidades públicas, pergunte a um deles sobre o empoderamento feminino, sobre a ideologia de gênero. Revelar-se-ão verdadeiros PhDs.
Que melhor gado para reabastecer os combalidos currais eleitorais do PT que alunos da USP e outras que tais?
Porém, em tempos de crise, todo cuidado é pouco. Vai que nesses antros trotkistas, que nesses úteros bolcheviques, haja agentes infiltrados da direita, haja alunos que estejam lá para verdadeiramente estudar e trabalhar? Vai que haja maçãs boas dentro do balaio das podres? Como separar o trigo (e eliminá-lo) do joio?
Fácil! Fazer um vestibular para petista. Um processo seletivo para piolhos da barba do Lula. Tudo questões de múltipla escolha, é claro.
E não é que o tal vestibular pra petista foi de fato realizado? De forma disfarçada, é claro. Sub-reptícia. Como é do feitio e do modus operandi da canalha esquerdista. Disfarçado sob a forma de uma prova de seleção para um curso de especialização em Saúde Pública.
Com certeza, pensará você, incauto e ingênuo leitor do Marreta, as questões da prova abordaram temas como a dengue, a zika, a falta de saneamento básico, o atual surto de sarampo, o aumento das zoonoses nos grandes centros, o sucateamento de hospitais públicos e postos de saúde etc, certo?
Porra nenhuma! Nenhuma, absolutamente nenhuma das questões enfocava assuntos relativos à saude. Nenhuma! Todas tratavam de recentes acontecimentos políticos do país. E todas as respostas consideradas corretas pelos elaboradores da prova seguiam uma única linha ideológica, a da esquerda.
Em uma das questões, era perguntado o motivo do impeachment da presidanta Dilma. Se o candidato se metesse a besta de  assinalar a alternativa correta, no caso a letra "d" - denúncias de corrupção -, já perderia de cara uns tantos pontos, pois a resposta tida como certa pelos examinadores era a letra "c" - golpe institucional.

Golpe constitucional é o caralho! O impeachment é previsto em Constituição!
Outra questão, sobre o presidiário Lula, considerava correta a alternativa que dizia "aquele que está sendo considerado mundialmente um prisioneiro político". Outra perguntava ainda sobre a emenda constitucional 95 (que instituiu o teto de gastos públicos), como uma das “medidas recentes dos governos após o Golpe de 2016. Outras contemplavam como resposta correta os ex-presidenciáveis de esquerda, (Guilherme Boulos, Ciro Gomes e Fernando Haddad), citavam Marielle Franco, Luiz Carlos Prestes, o ex-ditador venezuelano (tratado como presidente na prova) Hugo Chávez, Leon Trotsky, Vladimir Lenin e outros “heróis” da esquerda.
Ou seja, para o candidato acertar todas as 60 questões do processo seletivo era necessário pensar segundo a ideologia de partidos políticos de esquerda. Uma estratégia canalha para eliminar candidatos com outros vieses ideológicos, para impedir que entrem na USP alunos de outras orientações político-partidárias. Um ardil para perpetuar as faculdades públicas nas mãos sujas dos esquerdistas. Literalmente, um vestibular para petista.
Mas, felizmente, o vestibular para petista não passou despercebido aos olhos sempre atentos e vigilantes da paladina Janaína Paschoal, a musa do impeachment. A deputada (PSL-SP) denunciou a patifaria na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), alegando o uso de critérios ideológicos para aprovar candidatos em prova de seleção online da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e pedindo o seu cancelamento.
Disse Janaína Paschoal : "Estamos falando de um processo seletivo para saúde pública em que nenhuma das perguntas diz respeito à saúde pública. Todas as perguntas trazem como alternativa, aguardada como correta, uma linha ideológica. Eu não estou sequer criticando essa linha ideológica, eu só estou dizendo que numa universidade pública não se pode impor, e pior, cobrar como critério de aprovação nenhuma linha ideológica".
Diante da canalhice exposta, o diretor da Faculdade de Saúde Pública, Oswaldo Tanaka, confirmou o teor das questões, disse que realmente não havia questões sobre saúde pública, pois o curso era aberto a pessoas com outras formações de nível superior. Que porra de desculpa é essa? Quer dizer que o cara é, por exemplo, engenheiro, nunca aplicou uma injeção na vida, nunca fez uma sutura, nunca aferiu uma febre ou pressão arterial, e, de uma hora pra outra, ele pensa : ah, acho que vou lá na USP, me especializar em saúde pública. Pãããããta que o pariu!!!
Oswaldo Tanaka deu pra trás e cancelou o processo seletivo, mesmo depois dos nomes dos aprovados já terem sido divulgados. De acordo com o diretor, a medida foi tomada após avaliação de que o resultado "não saiu bom" : "A interpretação que foi colocada inclusive pela deputada gerou uma inquietude sobre a lisura, e achamos que não vale a pena manter a prova", afirmou.
E quem será responsabilizado e penalizado pela canalhice? Alguém será? Um processo seletivo, ainda que on line, gera altos custos. Quem devolverá o dinheiro aos cofres públicos?
Depois, quando o intrépido Bolsonaro diz que as universidades públicas (e também as escolas públicas de ensinos fundamental e médio, acrescento eu) estão aparelhadas ideologicamente, que é necessária e urgente uma "limpeza ideológica", mané vem dizer que ele é fascistão. Fascistão é o caralho!
Certíssimo, nesse aspecto, o capitão. Tem mais é que varrer essa vermelhada toda pra fora das escolas e universidades. Substitui-la por professores de fato.
Não sei exatamente qual o foi o enunciado da questão sobre o Lula, mas caso fosse pedida a mim a elaboração de uma, ela poderia ser mais ou menos assim :

Assinale a alternativa correta. Luis Inácio da Silva, o Lula, o Sapo Barbudo, o Seboso de Caetés, passará para a História do Brasil como o sujeito que:
a) perdeu o dedo mínimo da mão esquerda para se aposentar precocemente
b) enriqueceu negociando greves com as multinacionais em seus tempos de metalúrgico
c) foi protegido e dedo-duro de Romeu Tuma, para quem entregou colegas de sindicato
d) tornou-se o maior ladrão e quadrilheiro do país
e) todas as anteriores

Alguém precisa colar para responder essa? 

Fonte : A Gazeta do Povo; O Antagonista

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8 Comentários

  1. Esse tipo de atitude é uma merda, faz com que minha esperança de ver um país melhor e mais decente fique cada vez menor. Nesse andar da carruagem qualquer dia algum maluco dirá que é discutível que o resultado da soma de 1 mais 1 seja apenas e tão somente 2. Ou que a geometria euclidiana esteja sujeita a controvérsias. E o pior é que esse viés (odeio essa palavra) de esquerda encontra correspondência espelhada no ninho bolsonarista. Talvez a solução para casos como o que descreveu fosse a escolha de dois profissionais para elaboração das questões: um de esquerda e um de direita. Um redigiria as questões e o outro revisaria. Ou cada um ficaria responsável por 50% das questões. Mas isso é apenas um sonho quixotesco, apenas o desejo de um sonhador incorrigível.

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    1. Talvez a solução fosse que um médico sanitarista elaborasse as questões; desde que, é claro, não fosse o Palocci.

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  2. Meu nobre...mas será possível que a canalhice dessa turma nunca terá fim? Nunca teremos como frear tudo isso? Partiram para o descaramento, o esculacho da nossa cara.

    Câssio - Recife/PE

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    1. Essa canalhada está enraizada nas universidades públicas. Tive uma ligeira passagem pela USP como aluno do curso de Química em 1986, e na época já era assim. E olha que nem sonhávamos com o PT no poder. Imagine hoje. Um nojo, meu caro, um nojo.

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  3. Confesso que estava sentindo falta dos cáusticos textos. Sempre que dou uma passada por aqui, é garantia de diversão ao ler sobre qualquer assunto que você porventura aborde.

    Enfim, alguém pode até achar que a infiltração vermelha é coisa dos cursos de humanas das universidades, certo? Não, isso também ocorre nos cursos de engenharia.

    Eis que há dois anos atrás, um aluno me procura querendo saber o que deveria fazer quanto a um professor que costumava enviar e-mails para uma lista contendo alunos, docentes, servidores e sabe-se lá quem mais (com cópia oculta), pasmem.... enaltecendo os feitos do PT. Eu disse a ele que procurasse a ouvidoria da instituição caso se sentisse ofendido.

    Depois de várias reclamações, ele parou de enviar os tais e-mails e teve que se retratar para evitar maiores consequências. Penso que se for para dizer algo e ter que pedir desculpas depois, é melhor não fazê-lo.

    Sempre evito entrar em questões políticas nas aulas, pois me resigno a tentar cumprir meu papel. De qualquer modo, nunca serei partidário a nenhuma instituição política, a não ser aos fatos. Infelizmente, os doutrinados nunca são capazes de analisá-los de forma racional.

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    1. Confesso que ando marretando pouco. Estou com uma falta danada de tempo para ler notícias com mais atenção e elaborar melhor meus textos.
      Realmente, se há algo que é de fato democrático é o fanatismo. Fundamentalismo não tem idade, credo, cor nem formação escolar.
      Eu conheço um professor de Física aqui da USP-Ribeirão que é fanático pelo PT, defende o Lula até hoje com unhas e dentes. Tenho um parente, engenheiro agrônomo, formado pela Unesp, que é capaz de brigar com pai, mãe, esposa, filhos, se algum dizer mal (ou a verdade) do Sapo Barbudo.

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  4. "Eu mesmo, há três ou quatro anos, expulsei de uma sala minha de terceiro colegial duas estagiárias da USP, muito bonitinhas e gostosinhas, até. As tais conversavam mais entre si e masturbavam mais seus celulares que os próprios alunos. Foram reclamar de mim à diretora, pelo constrangimento. Interpelado pela diretora, respondi simplesmente : - E? "

    Pagaria para ver essa. E, de fato, não confie em alunos que não portam livros. Ou agendas. Ou ambos.

    Claro que, como posso me afirmar adepto ao movimento progressista, me envergonha tais considerações que descreveu em seu texto. O pessoal da esquerda tinha que ir atrás do proletário, não do mimado de alguma faculdade burguesa. Enfim, tempos de trevas, tanto de um lado (esquerda) quanto de outro (direita). Pois que o centro é a treva em si.

    Aliás, algo que está me impressionando na política atualmente é a capacidade do presidente afastar sua própria base e fazer com que o pessoal do PSOL defenda alguém do PSL (como a joice hasselmann). Unindo extremos.

    Abraços!

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    1. Isso de que o pessoal da esquerda tinha é que ir em busca do proletário, lembrou-me de uma professora com quem dei aula nos idos de 2000, 2001, em Mococa, a profa. Regina Berton, linguista das antigas, chegou a dar aulas de grego e latim em seminários para padres,nos tempos em que padres tinham que saber latim. Católica até a medula, reaça que só, vejo hoje que demonstrava grande lucidez quando dizia frequentemente : "quem gosta de pobre é político em época de eleição e pesquisador da USP"
      Grande Regina Berton, que nem sei se ainda viva.

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