Papa Chicão I e o Sínodo Sobre a Amazônia

O Papa Chicão I, argentino milongueiro, em passagem pelo Brasil por conta do Sínodo sobre a Amazônia, pediu respeito para com os povos indígenas.
Disse, a Vossa Santidade, na maior cara de pau que o deus dele lhe deu, que as sociedades modernas não devem tentar impor suas regras e sua cultura aos indefesos silvícolas  - tadinho deles... oh, país de vítimas, de eternos credores históricos!!!
Chiquinho milongueiro advertiu, ainda, que as "ideologias são uma arma perigosa", e também que "a colonização ideológica é muito comum hoje em dia". Finalizou dizendo que os governos e os líderes de nações controlem os seus "impulsos de domesticar os povos originais".
Pããããããta que o pariu!!!!
Para cima de moi, Vossa Santidade? Ora, vai-te à merda! Conversa pra bispo dormir! Vai contar essa lá pras suas ovelhas, lá para as suas freiras, beatas, carolas e demais sopradoras de apito de chamar anjo.
Ainda mais, sendo o Chiquinho da ordem dos Jesuítas!!! Da gestapo da Companhia de Jesus. Tá com Alzheimer histórico, é? Ou só conveniente mesmo? Quem foram, Sua Santidade, os primeiros a desembarcarem aqui para domesticar a indiarada? Para inculcar-lhes na cabeça a hedionda e sempre mal-intencionada fé cristã? Quem veio amansar o índio com aquela história de dar a outra face e facilitar a sua exploração e escravização? Por que será que hoje falamos português e não tupi-guarani? Por que o índio queria melhorar o seu currículo e melhor se colocar no mercado de trabalho globalizado da época?
Os jesuítas foram os primeiros aculturadores da nossa história. 
E, agora, vem o Papa Chicão I com mais essa hipocrisia.
Claro que o Papa Chicão I não tá preocupado porra nenhuma com a aculturação do índio nem com a alma do nosso bom selvagem, até porque, durante muito tempo, a Igreja travou discussões "seríssimas" sobre se o índio tinha alma ou não, mas isso é outra história. 
O Papa está preocupado é com o recente e exponencial aumento de índios que estão se convertendo às igrejas evangélicas. As Igrejas Universais da vida estão entrando com tudo nos mais distantes rincões do país. O Papa tá é preocupado com a perda de ovelhinhas e não com o bem-estar das mesmas.
E índio paga o dízimo em quê? Em pau-brasil? Em papagaios e araras? A padraiada, sempre muito afeita ao artigo, não quer é perder o pau-brasil do índio.
E a indiarada, no quesito pouca vergonha, também não fica muito a dever ao Papa.
Ouvi, hoje pela manhã, na rádio CBN, um líder indígena de sei lá que etnia dizendo que, muitas vezes, o índio tem dificuldade de ter acesso à palavra do Senhor, pois as igrejas ficam muito distantes das aldeias.
Palavra do Senhor, cacique? E onde é que fica o seu pajé? O índio vem sempre com aquela lenga-lenga de que índio quer terra, de que índio quer manter sua tradição, seus hábitos e costumes etc e, agora, vem dizer que quer igreja perto de casa pra rezar pra Cristo? O índio reclama da aculturação e quer uma igreja na esquina de casa pra ir rezar pro deus do homem branco? 
Vá rezar pra Tupã, pra Jaci, pra Guaraci, pra Anhangá, ora porra!
Corpo de Cristo é o caralho, cacique! Tome tento e vergonha na cara! O negócio é, e sempre foi, o bom e velho cachimbão da paz!!!
Eis, reunidos em mais esse carnaval, o Papa Chicão I e lideranças indígenas de calça jeans, mostrando que safadeza e picaretagem são extensivas a todos credos, cores e etnias.

Postar um comentário

2 Comentários

  1. O colonialismo, a inquisição, as cruzadas... com Deus (ou deus) sempre ao lado da "Santa Igreja".

    Esses e tantos outros "massacrezinhos" básicos da história da humanidade, patrocinados por pedófilos e pederastas, sempre com o dinheiro dos ludibriados... tudo em nome da religião, o ópio do povo.

    E melhor de tudo isso: não é mentira e nada é segredo, pois está nos livros de história.

    ResponderExcluir
  2. Pois é, Marretão, já deu para perceber que você continua ocupando o posto de comandante em chefe das hostes inimigas da religião (qualquer uma!). A propósito, acho que ficaria bacana chamar a moçada da Opus Dei de "hóstias inimigas do Demônio". Que acha?

    Quanto a Don Francesco Bergoglio (o cara tem ascendência italiana, pô!), acho que você pegou pesado (e eu não tenho nada com isso). Acredite se quiser, depois da morte de minha sogra, durante a arrumação previsível da casa, minha cunhada encontrou e me emprestou um livreto justamente sobre o papa Francisco. Obviamente foi escrito por um seguidor, mas é legal. Ao contrário de muitos religiosos graduados (aqui em BH o arcebispo é um pé no saco, de tão seboso), o papa parece ser de uma simplicidade até desconcertante. O único defeito que vejo nele é que ao sorrir de boca fechada fica a cara do "Magro", da dupla "O Gordo e o Magro". Fiz até um post sobre isso.
    Quanto ao livro, já estou acabando de ler. Se quiser, te empresto.

    ResponderExcluir