De que serve a Ciência, quando se possui a sagaz percepção, o aguçado instinto de observação e a fina lógica dedutiva acerca do funcionamento do Universo do Azarão?
Por inúmeras vezes, aqui no Marreta, denunciei os atrasos da Ciência oficial dos homens em relação às minhas descobertas. Por inúmeras vezes, mostrei que a Ciência só agora começa a constatar tudo aquilo que há tempos sei e apregoo. A poucos exemplos do que falo e a quem interessar possa, uns links de postagens antigas sobre :
Agora, a Universidade de Southern Queensland, da Austrália, vem na maior cara de pau do mundo dizer que descobriu que deixar a barba crescer traz benefícios à saúde de quem a cultiva. De novo, nada de novo para mim. Sei disso há 10, 11 anos.
Sob vários aspectos, o ano de 2007 foi dos mais atribulados e traumáticos para mim; por conta de todos os seus percalços e agruras, descuidei um pouco da aparência e, quando percebi, minha barba tinha ultrapassado o estágio de uma tênue sombra na face, havia se tornado, livre de meus domínio e censura, em uma verdadeira brenha de pelos grossos, densos e desgrenhados, a crescer sem rumo nem bússola, indômita e revolta.
Apercebi-me, de início, apenas do aspecto estético que ela promovera. Eu ficara com um ar ainda mais vetusto e austero, ainda mais temerário. A barba preenchera os vazios do encovado do meu rosto magro e macilento, tornara-o mais robusto e intimidador. Gostei.
Com o tempo, fui notando outros efeitos produzidos pelo uso corrente da barba, efeitos secundários, de longo prazo e que iam muito além do imediatismo da aparência.
Percebi, por exemplo, que uma coceira desgraçada e cotidiana que me acometia o nariz, uma alergia provocada por poeira, cheiro de gente e poluição, havia minorado, mesmo extinta na maioria dos dias. Mais : por andar muito sob o sol, eu vivia com os lábios secos e rachados, que, não raro, eram palco propício à erupção de vesículas herpéticas; pois o uso continuado da barba deu fim à secura dos lábios e há anos não tenho uma recidiva da herpes labial. Outra : devido ao mesmo calor desta sucursal do inferno onde moro, o suor, muitas vezes, sobretudo na região do pescoço, causava irritações e vermelhidões; nos períodos mais quentes, eu vivia todo empipocado. Isto também se foi. Sumiu.
E vêm, agora, esses australianos bisonhos, esses comedores de cu de canguru, dizer que descobriram os benefícios da barba? Vejamos o que eles descobriram, vejamos se foram além de mim. Concluíram os jogadores de bumerangue :
- a barba, a depender do tamanho e da espessura dos pelos, pode agir como um protetor solar com fator de proteção 20;
- barbas longas, a ponto de cobrir partes do pescoço, é capaz de mitigar ataques de tosse e reduzir o risco de inflamações na garganta (além, é claro, de atuar como cobertura e camuflagem para certos hematomas de infidelidade);
- a barba rejuvenesce a cútis facial, pois a protege contra o sol e o vento, mantendo-a hidratada por mais tempo.
Cadê as novidades? Mas o que a pesquisa não revela é que, para o sujeito usufruir dos benefícios de uma cobertura pilosa facial, a barba tem que ser barba de verdade. Uma basta cerca viva. Barba de macho. De macho das antigas. Tem que ser barba que cresce livre e solta, feito cavalo selvagem, feito pelo de saco. Barba de cossaco. De russo da Sibéria. De homem das montanhas. Das cavernas.
Não pode ser barba aparada e retocada semanalmente na barbearia, ou, pior, na Barber Shop. Sim, porque, agora, depois da tentativa malograda de tentar banir mais esse símbolo da masculinidade com a invenção do metrossexual, o viadinho vaidoso, resolveram mudar de tática, decidiram embichar a barba e a viril profissão de barbeiro. Barbeiro virou barber stylist e barbearia, barber shop. É a barba gourmet!
Tem que ser barba Bin Laden. Não pode ser barba gourmet toda desenhadinha, com formas geométricas milimetricamente simétricas. Não pode ser barba tratada com cera de abelha orgânica, com géis de aloe vera e loções tônicas de óleo de gengibre e limão siciliano. No máximo, aceita-se o bom e velho Aqua Velva azul para cauterizar os cortes da navalha. Não se enganem, o cara que faz a barba em barber shops também barbeia o cu, à rola, a golpes de piroca.
Ainda tem mais na pesquisa dos australianos, que foi justamente o primeiro benefício que percebi ao deixar crescer minha barba. O bigode atua como uma barreira e um filtro contra bactérias, fungos e ácaros trazidos pela poeira, reduzindo sintomas de alergias e até de asma.
Além do quê, o bigode também é excelente para ser enroscado e trançado com os pelos de um bom bucetão não depilado - nossos pelos vão se enroscar num tricô esquisito... Também, findo o intercurso carnal, é recomendável não lavá-lo, para carregar consigo, pelo longo do dia, um bigode cheiroso, um sachê de buceta. Como também constataram, antes dos australianos e até mesmo antes de mim, os integrantes da Banda Velhas Virgens. Em seu álbum Reveillon, de 2001, eles gravaram e cunharam esta preciosidade musical que lhes apresento, Homem do Bigode Cheiroso.
Homem do Bigode Cheiroso
(Paulo de Carvalho)
Êêta homem do bigode cheiroso!
Êêta homem do bigode pra cheirar!
Êêta homem do bigode cheiroso!
Dê cá um cheiro e tente adivinhar.
Que cheiro é esse, diga lá, Geni:
"É o cheiro mais estranho que eu já vi"
Que cheiro é esse, diga lá, Aretha:
"É tão gostoso, isso é coisa do capeta"
Que cheiro é esse, venha cheirar!
Só tem esse cheiro quem já esteve lá
Num jardim de mato preto e chão molhado
Que não se acaba quanto mais eu lavo.
Êêta homem do bigode cheiroso!
Êêta homem do bigode pra cheirar!
Êêta homem do bigode cheiroso!
Dê cá um cheiro e tente adivinhar.
Que cheiro é esse, diga lá, Carlota:
"É um cheirinho que nunca se esgota"
Que cheiro é esse, diga lá, Zilu:
"É um cheirinho que eu só sinto em tu"
Que cheiro é esse, venha cheirar!
Só tem esse cheiro quem já esteve lá
Num jardim de mato preto e chão molhado
Que não se acaba quanto mais eu lavo
Êêta Homem do Bigode Cheiroso
Êêta Homem do Bigode Sssssssh
Êêta Homem do Bigode Cheiroso
Dê cá um cheiro e tente adivinhar
Que cheiro é esse diga lá Geni:
"Ë um cheiro lá da casa do xixi"
Que cheiro é esse diga lá Aretha:
"É tão gostoso isso é cheiro de buceta"
Que cheiro é esse, venha cheirar!
Só tem esse cheiro quem já esteve lá
Num jardim de mato preto e chão molhado
Que não se acaba quanto mais eu lavo.
Êêta homem do bigode cheiroso!
Êêta homem do bigode pra cheirar!
Êêta homem do bigode cheiroso!
Dê cá um cheiro e tente adivinhar.
Que cheiro é esse diga lá Carlota:
"É um cheirinho que vem lá da xoxota"
Que cheiro é esse diga lá Zilu:
"É um cheirinho de pertinho do cu"
Que cheiro é esse, venha cheirar!
Só tem esse cheiro quem já esteve lá
Num jardim de mato preto e chão molhado
Que não se acaba quanto mais eu lavo.
Êêta Homem do Bigode Cheiroso!
Êêta Homem do Bigode pra cheirar!
Êêta Homem do Bigode Cheiroso!
Êêta Homem do Bigode pra cheirar!
Êêta Homem do Bigode Cheiroso!
Êêta Homem do Bigode pra cheirar!
Para ouvir a música Homem do Bigode Cheiroso, é só clicar aqui, no meu bigodudo MARRETÃO.
4 Comentários
Sabe aquele vídeo antigo da piada do bambu do velhaco Silvio Santos? Eu fiquei com vontade de perguntar onde entrava o sundown... Mas... E só pra constar homem devia era ser e obrigado a usar barba ao contrário do que muitas empresas pregam por aí
ResponderExcluir"J"
se tem um lugar onde o uso de sundown é supérfluo (e o de KY, imprescindível) é o cu, o lugar onde o sol não bate, mas a piroca arromba e entra sem pedir licença!
ExcluirRummm não dá ideia pq vai ter gente querendo usar o contrário que nem o ex-boiola.
Excluir"J"
Hummmm, você deixou a barba e o bigode para roçar a nuca do seu macho
ResponderExcluirDepois é o ex-boiola que leva a fama