Bandeira Vermelha em Pele de Bandeira da Paz

O lobo se enverga em terno de cordeiro para melhor trucidar e se banquetear das ovelhinhas, organizações criminosas se vestem com legendas de partidos políticos para melhor dilapidar o erário público, o safado se faz de morto para comer o cu do coveiro, Madalenas se arrependem ao longo de toda a História para evitar o apedrejamento e a execração pública, criminosos se tornam em pastores evangélicos para reduzir o tempo de suas penas e terem uma nova profissão ao saírem do xilindró.
E o PT, agora, estanca e descolore e dissimula o vermelho sanguinolento de sua bandeira e a acena com o branco da paz para os magistrados verde-amarelos : "bandeira branca,amor, não posso mais...", clamam Lula e o PT ao valoroso Exército de Toga que os está jogando, um a um dos vermelhos, não nos porões escuros da Ditadura, mas sim nos transparentes calabouços da Justiça.
Comunistas, embora digam o oposto, adoram uma Ditadura, pois contra ela são justificáveis o seu único modo de agir : a violência, a subversão, a clandestinidade, o terrorismo e a formação de quadrilhas como meios para um maquiavélico fim maior. A liberdade e a democracia? Porra nenhuma! Uma outra ditadura, a deles.
Contra uma Ditadura, o comunista a tudo pode, tira onda de herói. E contra uma Justiça democrática? Contra esta, o comunista não tem argumento nem armas, nada pode, a não ser esbravejar, cuspir bravatas e ameaçar que vai pôr fogo no país com um exército de desdentados armado de facões, foices e enxadas; aliás, ferramentas todas novinhas, exibindo o brilho com que saíram da loja de ferragens, uma vez que nunca usadas no batente, sedentas muito mais do sangue e do suor do que pelejaram por suas posses do que por terra para cultivar. E contra uma Justiça democrática, o que pode o comunista? Nada. Só ser tosquiado de seu paletó de cordeiro e exposto como o bandido que sempre foi. A Ditadura é o Sol Amarelo para o comunista; a Justiça democrática e não aparelhada, a sua kryptonita.
O PT, após sucessivas derrotas na Justiça e sinais desfavoráveis vindos do Supremo, em um ato de rendição, acena a sua agora bandeira branca ao Judiciário brasileiro por achar que os constantes ataques da Orcrim ao juiz Sérgio Moro, o Eliot Ness brasileiro, tenham criado um corporativismo entre os juízes colegiados, um sentimento revanchista que os esteja prejudicando nos processos - inúmeros e infinitos - em que são réus. Na visão do PT, não são eles que são bandidos, os juízes é que são parciais. A sigla decidiu baixar armas e evitar provocações na tentativa de recriar um ambiente mínimo de diálogo com o STF, última trincheira em que pode investir para evitar a prisão e a inelegibilidade do ex-presidente Lula.
Corporativismo? O que estamos a ver, ultimamente, é o Judiciário, talvez como em nenhum outro momento da História, trabalhando arduamente e cumprindo dignamente com o seu dever, justificando seus soldos e seus auxílios-isso, auxílios-aquilo.
Para o comunista, no entanto, trabalho sério e cumprimento do dever é corporativismo. Honrar pela labuta o cargo para o qual foi empossado, às vistas do comuna, é revanchismo. Para os quadrilheiros do PT, o Judiciário falar a mesma língua é que é formação de quadrilha.
Trabalho e cumprimento do dever são estratégias de guerra que não constam da cartilha trotskista-leninista-bolivarianista, são artefatos de tecnologia milhares de anos à frente dos do arsenal vermelho, são armas contra as quais Lula e PT não têm defesa.
Por isso, agora, hastearam a bandeira branca em seu navio pirata. Por isso, agora, se acovardaram e estão a pedir penico. Só que esta - mais esta - safadeza petista de nada valerá, vai dar com os burros n'água, com os petistas n'água. Os sinais do enjaulamento do Sapo Barbudo, ou, ao menos, de sua inelegibilidade, são claros, inequívocos e, arrisco-me em dizer, irreversíveis.
Carmen Lúcia, presidente do STF, órgão ao qual Lula recorrerá em terceira instância, declarou que rever a sentença de Lula seria apequenar o Supremo Tribunal Federal; um atrás do outro, pedidos de habeas corpus preventivos para Lula vêm sendo negados.
O encarceramento e/ou banimento político de Lula decretará, também, o fim do PT como um partido político influente nos destinos da nação. O bater final do martelo - o da Justiça democrática, não o da bandeira da URSS -, a confirmar a sentença de Lula, será o desligar dos aparelhos que mantêm o PT ainda vivo. Será a eutanásia do partido.
Por isso, estão com o cu na mão! Por isso, a bandeira vermelha em pele de bandeira de paz. Se bem que a bandeira petista está mais para amarela que para branca ou vermelha. O PT arregou frente à Justiça. Capitulou e amarelou frente a um real - ainda que incipiente e necessitando de retoques e arte-final - Estado democrático de direito.

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