Nunca descansei
O estafado horizonte dos meus olhos
No cavalete cafeinado dos teus;
Nunca o preto e branco,
O binário do meu humor,
Na paleta heterocromática
E esquizofrênica
E em alta resolução do teu;
Nunca os meus bloqueios e minhas âncoras
Em teus pontos de fuga
E em teus zepelins;
Nunca as minhas toneladas
Em teus travesseiros de orgasmos.
Nunca descansei o meu grito
O meu urro
(inúteis)
No teu colo calado,
Com cheiro de sopa de fubá.
Nunca descansei o meu pau,
Vitorioso e nocauteado
Esfolado e feliz
Imundo e purificado,
No aconchego da estrada de tijolos amarelos das tuas coxas
Ou na calmaria lamacenta do teu rego.
Como podes dizer,
Então
(como ousas, como te atreves),
Que me cansei de ti?
1 Comentários
E como ousas outra vez passar correndo a minha frente, escrever algo assim? Em tempos eu não lia algo tão rico em detalhes e genial. Estupidamente bom pacaralho.
ResponderExcluir"J"