A finasterida é a droga mais eficiente e mais utilizada nos remédios para a calvície masculina e seu apavorante efeito colateral já é bem conhecido há tempos : em alguns homens, ela causa impotência, a famosa broxura, a paumolescência.
Isso porque muitos casos de calvície masculina são relacionados a elevadas taxas de testosterona. O cara desenvolve o característico biótipo da barba cerrada e pelagem corporal ao estilo Tony Ramos - atestando a supremacia do hormônio do macho -, porém é careca.
A testosterona - assim como a progesterona das mulheres - é um hormônio derivado de um lipídio esteróide, o colesterol e, portanto, insolúvel em água. Acontece que para fazer efeito, a testosterona tem que entrar na célula, atravessando sua membrana, o que só é possível se estiver dissolvida em água, em solução aquosa. Entra em ação a enzima 5-alfa-redutase, que transforma a testosterona em sua forma solúvel, a dihidrotestosterona (DHT), que é quem promove a paudurescência e, em alguns homens, torna os cabelos mais finos e propensos à queda.
Pois bem, a finasterida presente nos remédios para calvície bloqueia a ação da enzima, ou seja, o cara continua produzindo testosterona, mas ela, não se tornando solúvel, não entra nas suas células, os cabelos voltam a vicejar nos aeroportos de mosquito e o sujeito tem sua libido reduzida. O cabelo cresce, a pistola amolece, enfraquece, quase desaparece; o cara fica cabeludo, mas o "careca" falece.
No entanto, acreditava-se que, frente a uma paumolescência, bastava suspender o tratamento e, em poucos dias, o pau voltaria a subir. Nem sempre. Estudos mais recentes mostraram que em 20% dos casos de paumolescência provocados pela finasterida, o pau levou ainda de 2 a 6 meses para retomar suas funções normais. Até lá, o cara já perdeu a mulher, a namorada... E as pregas. Puta que o pariu.
A sabedoria popular sempre esteve a par do poderio dos carecas e, talvez, venha daí aquela antiga marcha carnavalesca "É dos carecas que elas gostam mais".
E fim de papo.
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