Depois  de uma temporada, a sexta, totalmente insossa e de um início idem da  sétima, o verdadeiro doutor House voltou. Ou, ao menos, deu boas mostras  de que pretende voltar. 
No  episódio 6 da temporada atual, House espezinha tudo o que se move e  respira ao seu redor, ironiza, faz chacota como só os gênios sabem  fazer, espeta, rasga, lanceta, corta com sua língua tão afiada como um  bisturi feito de adamantium. Trapaceia, falseia resultados de exames  para decifrar mais um enigma (e por tabela, efeito colateral, salvar  mais uma vida), manipula, joga com as fraquezas e vaidades de seus  assistentes e, prova da volta do velho House, mente para a sua amada  Cuddy, na verdade para a sua chefe Cuddy, mas relações  profissionais/pessoais são complicadíssimas e confusas, limítrofes.  Ainda bem. Já tava enchendo o saco, aquela melação toda dos dois, se eu  quisesse ver Namoro na TV, eu ligaria no Silvio Santos.
Há muito não me divertia tanto com as brilhantes canalhices do House.
House  fodeu a Ética como se fode a uma prostituta velha, de todas as  maneiras, por todos os orifícios. E saiu do puteiro sem pagar a conta. 

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