(IN)COMPETÊNCIAS

Sou inábil e desajeitado.
Escorrego e arrebento o cóccix
Lavando o banheiro ou a cozinha,
Quebro o pé em batentes e pés de mesas,
Esmigalho o polegar
Se um prego tiver de pôr à parede.
Não sei consertar torneiras,
Tomadas nem válvulas de privada.

Mas me deem umas boas doses de rum,
Uma boa banda do velho rock'n'roll,
Uma madrugada de farta Lua,
Uns telhados inclinados para eu galgar
E arrisquem-se em ver do que sou capaz.
Ou se acaso são capazes de mesma primazia.

Topem comigo nas horas silentes
Eu, portando meu capuz, meu brasão e minha caneca.
E vejam se podem me segurar.

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