O Que é Que a Rússia (e a Russa) Tem (VI)

"O futebol é uma caixinha de surpresas", defendem-se os jogadores do time perdedor quando chamados a juízo e confrontados pelo inquisidor microfone do repórter esportivo.
Mas como tudo é grande, farto, generoso, túrgido e intumescido na Rússia, a Copa de 2018 tem sido muito mais que uma simples caixinha de surpresas, revelou-se uma verdadeira matrioska de surpresas. É uma surpresa saindo de dentro da outra, um fractal de "zebras".
É a Copa dos azarões. A Coreia do Sul eliminou a poderosa Alemanha, a Rússia pôs a campeã Espanha para correr e a grande azarona Croácia bateu o futebol bretão e se classificou para a finalíssima.
As matrioskas são peças tradicionais do artesanato e da cultura popular russa. São um conjunto de bonecas ocas de tamanho crescente entalhadas em madeira e colocadas umas dentro das outras. Abre-se uma matrioska e uma outra menor sai dela, e mais outra menor e outra e outra... Representam o ato do parto, quando a mãe dá à luz a sua filha e, consequentemente, a filha dá à luz a outra criança, que dará a luz a outre assim sucessivamente. 
Haja leite e haja teta para sustentar tanta criança assim. O que, para as russas, está longe de ser um problema. Pelo contrário. Mais até que as matrioskas, outro elemento tradicional da cultura e dos costumes russos são os peitões, comprovadamente os maiores do planeta. Inversamente, porém, às matrioskas, de cada russa peituda que você abre, sai outra russa ainda mais peituda de dentro.
Não me deixa passar por mentiroso, Anya Sakova, detentora de verdadeiras cornucópias.

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