Só precisa,
O joão-de-barro,
O tecelão,
Da palha e das fibras
Para o seu saco de dormir;
A abelha,
Da cera
Para seus favos hexagonais hightec.
Por que
Eu preciso,
Então,
De fogão e de frigideiras,
De geladeira e de freezer,
De máquina de lavar e varal
De sofá e de TV,
De cama e de tapetinhos de banheiro,
De livros e de canetas,
De vícios e de canecas,
De escola e de internet,
De diploma e de RG,
De ventilador e de filtro d´água,
De escovar os dentes e de limpar o cu,
De tomar banho e de cortar o cabelo,
De buceta e de todas as aporrinhações em anexo,
De férias e de viagens de avião,
De despertador e de hipnóticos
De Natais e de Anos-Novos,
De objetivos e de esperanças,
De viagra e de psiquiatra,
De poesia e de máscaras?
Quero voltar ao barro de onde fui raptado,
Quero só dormir,
Quero mandar tudo às favas.
4 Comentários
Marreta no metaverso entornando uma cerveja aguada e lembrando da morena.
ResponderExcluirÉo que sinto nessa época do ano. Vontade de dormir dia 15 de dezembro e acordar 15 de janeiro do ano seguinte.
ResponderExcluirE o mais foda é tá conseguindo fazer toda uma síntese do poema com essa imagem gerada no final.
ResponderExcluirTambém estou gostando de brincar com a IA. Essa, eu tive que por a lata de Lokal depois, sobreposta a uma lata vermelha gerada na imagem original.
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