(nenhuma),
Sinto falta
(muita)
Do que sentia por ti,
Sinto falta
(ainda mais)
Da luz oleosa e adocicada
Do lampião de querosene,
Que carregávamos pela noite.
A enfurecermos os vaga-lumes e a Lua Cheia.
Da neblina de moletom velho e manchado com nossas secreções,
Que emanava do café coado,
Em coador de saco de aniagem,
Em que nós,
Gatos escaldados,
Escaldávamo-nos em todas as manhãs.
A enfurecermos os galos e o inverno.
(não sinto falta do amor;
sinto falta da fúria)
2 Comentários
Belo poema.
ResponderExcluirVaga lume está em extinção! Mas ainda vejo muitos aqui à noite.
Por aqui já foram extintos há muito tempo. A última vez que vi alguns foi há uns três anos e não foi aqui em Ribeirão, foi numa cidadezinha de uns três mil habitantes a uns 50 km daqui onde mora uma amiga da minha esposa. E mesmo assim porque ela mora num sítio, e não na área urbana. E foram poucos, uns três ou quatro, não mais que isso.
ExcluirAbraço.