As manchetes abaixo foram colhidas no portal UOL de notícias, entre os dias 25, a festa cristã, e 30 de dezembro, o famoso hoje.
- China registra maior número de casos em quatro meses (25/12/21);
- Itália passa de 50 mil casos de Covid pela segunda vez (25/12);
- Com ômicron, 4 países da Europa ultrapassam 50 mil novos casos de covid/dia (25/12);
- 23 funcionários de empresa de MG se infectam com ômicron após festa em SP (25/12);
- França bate novo recorde ao ultrapassar 100 mil casos de covid-19 em 24 horas (26/12);
- Ômicron traz recorde de novos casos de covid e provoca caos em aeroportos (27/12);
- SP : com confusão de sintomas, casos de influenza e covid sobem em dezembro (28/12);
- OMS prevê "grande número" de internações pela variante ômicron da covid-19 (28/12);
- Mundo tem pela primeira vez mais de um milhão de casos de covid em um dia (28/12);
- Brasil volta a ter média de mortes por covid-19 acima de 100 (28/12);
- França tem novo recorde diário de mais de 200 mil casos de covid-19 (29/12);
- Ômicron : OMS alerta para risco "muito elevado" (29/12);
- Casos de covid-19 aumentaram 50% nas Américas, diz Opas (30/12);
- Covid : EUA e Reino Unido atingem contágio recorde e promovem dose de reforço (30/12);
- Hospitalização de crianças dispara nos EUA e cria novos temores da ômicron (30/12).
Quando é que o gado humano vai perceber que ele nunca será 100% imune ao vírus chinês, não importando quantas doses tenha recebido e nem a marca da vacina com que foi inoculado?
Quando é que o gado humano vai entender que não haverá o normal de novo, que ele não mais poderá voltar a se aglutinar em bandos a dançar e a celebrar em torno das fogueiras de sua miséria existencial, não sem a grande probabilidade de ser infectado pelo próprio ar que inala, de ser envenenado pelo próprio hálito e pelo próprio bafio da manada que compõe?
Quando é que o gado humano vai se dar conta (ou, o que me parece impossível, aceitar) que as vacinas, embora sejam a melhor arma de prevenção e, sim, devam ser tomadas, não tem 100% de eficácia contra a Peste Chinesa? As próprias taxas de imunização divulgadas pelos fabricantes são, nesse caso, na melhor das hipóteses, aproximações, projeções, "chutes" com o máximo de embasamento científico que lhes pode ser atribuído.
As vacinas contra a gripe amarela - todas elas - ainda estão em fase de testes, de ajustes. Uma vacina, seja ela qual e contra o que for, despende uma média de dez anos para ser desenvolvida, segundo o site da Fiocruz : "Tentativas e erros são comuns nas etapas de pesquisa em laboratório e
nos testes em modelos celulares e animais até chegar às três fases dos
ensaios clínicos — quando a vacina finalmente é aplicada em seres
humanos, para verificar segurança e eficácia. O tempo médio de
desenvolvimento de um novo produto é de cerca de 10 anos. Ainda há o
risco de décadas de pesquisa não resultarem em nenhum imunizante eficaz".
A vacina contra o vírus chinês ficou "pronta" em um ano, um ano e pouco. Ou seja, não ficou pronta. Ainda está a ser testada, em fase de tentativas, erros e consertos. Testada em quem, caras-pálidas? Em nós, ora porra! Ao invés de em pequenos grupos bem monitorados, supervisionados e assistidos, a vacina contra o vírus chinês está a ser testada em bilhões de pessoas, sem nenhuma supervisão, a não ser a coleta dos resultados.
Admito, tristemente, que, nesse caso, não havia alternativa melhor, a espécie humana não dispunha do luxo de aguardar por 10 anos. Era ou nos deixarmos usar como cobaias interessadas ou nos deixar infectar naturalmente pelo vírus de Wuhan.
Eu próprio, mesmo sabendo de tudo isso, deixei-me vacinar. Tomei já três doses. Apostei no meno male. Apostei na vacina como uma proteção a mais. Não como a única; muito menos como infalível.
A comparar mal e porcamente, vacinar a população contra o vírus chinês com vacinas ainda em desenvolvimento é como dar a cada cidadão um revólver calibre 38, sem saber com o que ele está carregado, ou se está carregado. O trabuco, na certa, pode nos tornar menos vulneráveis a certas situações, mas pode nos livrar por inteiro do Crime?
Levar um treisoitão na cintura pode nos proteger de ladrõezinhos pés de chinelo, de punguistazinhos rastaqueras, de moleques drogados armados de facas e estiletes. Porém, se com esse mesmo .38 quisermos invadir e desmontar, a exemplos, um covil do cartel de drogas mexicano, uma base de operações do PCC ou um diretório do PT, ele de nada nos valerá. Seremos fulminados.
A retomada do turismo, dos bares e restaurantes, as festividades de fim e começo de ano e, logo, logo, o carnaval são os covis de drogas mexicanos, as bases do PCC e os diretórios do PT em que a população vacinada está adentrando com o treisoitão dado pela vacina ao seu sistema imunológico.
E como as pessoas adoram viajar, comer em bares e restaurantes. E como adoram o Natal, o Ano-Novo e o Carnaval. Pois o vírus chinês os adora ainda mais.
Arma boa é aquela que não precisamos usar. Arma boa é aquela com a qual nunca precisaremos atirar. É bom e recomendável portá-la; mais recomendável ainda é evitar situações que nos forcem a sacá-la do coldre.
No caso da violência e do crime urbanos, evitar vizinhanças perigosas, horários de ruas ermas, não andar a exibir objetos que possam atrair a ganância da bandidagem etc.
No caso do vírus chinês, manter o uso de máscaras, o distanciamento, a higiene das mãos; e se as celebrações forem inevitáveis, que sejam organizadas com pequenos grupos e realizadas em ambientes abertos.
Melhor nunca topar com o bandido do que ter que trocar tiros com ele. Melhor nunca topar com o vírus chinês do que ter que duelar com ele. Até porque, como já dito, nem temos a certeza da real letalidade das balas com que a vacina municiou nosso revólver. Não sabemos se o que temos em nossos .38 imunológicos é de fato chumbo grosso contra o vírus chinês ou apenas balas de borracha, ou de festim.
Para sair do terreno das estatísticas invisíveis, cito dois famosos que morreram da peste chinesa mesmo tendo sido vacinados : Tarcísio Meira e Aguinaldo Timóteo.
Mas vá o gado humano controlar o fogo no cu que tem para se aglomerar, vá o gado humano se dispor a entender que a vacina é apenas uma defesa a mais? A isso, junte-se uma imprensa mal-intencionada e desinformativa e o resultado é o relaxamento das normas sanitárias de segurança, é o arrefecimento da pouca disciplina que o gado humano conseguiu adquirir em quase dois anos.
O resultado são as manchetes que exibi no começo da postagem, o recrudescimento da peste chinesa, a volta da que não foi.
Nem porco nem cavalo nem macaco nem dragão.
Segundo o horóscopo chinês, o ano de 2022 será regido, de novo, pelo vírus chinês.
China registra maior
número de casos de covid-19 em quatro meses ... - Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2021/12/25/china-registra-maior-numero-de-casos-de-covid-em-quatro-meses.htm?cmpid=copiaecola
China registra maior
número de casos de covid-19 em quatro meses ... - Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2021/12/25/china-registra-maior-numero-de-casos-de-covid-em-quatro-meses.htm?cmpid=copiaecola
8 Comentários
Você tem razão em quase tudo o que disse. E digo isso porque em seu texto há informação e opinião (que você tem todo direito de ter, lógico). Fui checar uma das informações e descobri que o Agnaldo Timóteo foi internado dois dias após ter tomado a segunda dose. Ou seja, não deu tempo da segunda dose fazer efeito (opinião minha). Mas concordo com você quanto ao fato de que os bípedes da espécie que já foi à lua vivem sem um mínimo de discernimento, anestesiados em sua ânsia de viver, de aproveitar a vida, bem na linha do Cazuza ("viver dez anos a mil que mil anos a dez"). Qual a minha esperança para 2022? Ter esperança. Que o ano novo traga novas marcas de cerveja (boa e barata), que a vida lhe seja leve, que a saúde esteja OK, que sua família continue a ser seu principal motivo de alegria e esperança. Abraços.
ResponderExcluirCreio que a frase "viver dez anos a mil que mil anos a dez" foi de uma música de Lobão, não?!? Decadence avec elegance?!?!
ExcluirE falando em boas e baratas, Jotabê, descobri mais uma recentemente. Ou melhor, ela me descobriu. Se a preguiça deixar, falo dela ainda hoje, que é dia de Cerveja-Feira.
ExcluirUm bom ano também para você e todos os seus. Nós temos nossos períodos de maior desânimo e até de depressão, mas só nos resta seguir. Ainda mais no meu caso, que estou longe de me aposentar, que ainda tenho filho pequeno para criar, que ainda não estou com o burro na sombra.
Sim, é mesmo do Lobão. Ele fez essa música quando do seu rompimento da então gostosíssima Monique Evans, uma provocação à moça. Sim, meu caro, Lobão é macho das antigas, comeu muito o chapeuzinho vermelho da Monique Evans. Não sei a sua idade, caro anônimo, dependendo dela, pode nunca ter ouvido falar dela. Se for o caso, dê uma olhada nas fotos dela para a Playboy de 1985, bem da época da música do Lobão.
Excluirhttps://revista.gostosanovinha.com/monique-evans-pelada-na-playboy-julho-de-1985/
Você está totalmente certo, meu caro Anônimo, vacilei ao tentar “tocar de ouvido”, sem consultar a “partitura” e desafinei. Mesmo assim, o Cazuza talvez seja quem melhor personificou essa frase - que não me agrada, para dizer a verdade, pois detesto todo tipo de radicalismo. Em termos poéticos e musicais é perfeita, mas para minha vida prefiro viver “cem anos a cem” (que dá o mesmo resultado). Obrigado pela correção.
ExcluirNestes quase 2 anos de peste chinesa e agora esta 'nova' gripe, ainda não tinha me deparado com um texto tão lúcido e crítico como este.
ResponderExcluirA situação é muito complicada; tem o lado da economia, o imenso contingente de desempregados e subempregados e a politização que se agravou e piorou ainda mais o diálogo e enfrentamento de mais este problema, num país em colapso social ha uns 7 anos, no mínimo.
Obrigado pela Grande aula, Azarão.
Aquele abraço!
Cássio - Recife/PE
Sim, a situação é complicada, mas poderia ser menos grave se houvesse um mínimo de bom senso das pessoas. Em relação à economia, disse isso em várias postagens aqui, nunca fui favorável ao fechamento total dos estabelecimentos comerciais e de prestações de serviços. Sempre fui pelos seus funcionamentos disciplinados : limite de pessoas dentro da loja, distaciamento, máscaras etc. Se os supermercados e padarias funcionaram nesse modelo, por que não também uma papelaria, uma perfumaria, uma óptica, uma barbearia?
ExcluirO que digo que poderia ser evitado são as aglomerações não vitais à sobrevivência, a bagunça, o oba-oba, o bundalelê. Se bem que mesmo por trás de toda essa baderna e desse oba-oba há pessoas trabalhando e ganhando o seu sustento, o bundalelê, nesse país de bundas, também é uma fonte geradora de empregos. Como você disse, a situação é complicada.
Mas essa iminente nova onda do vírus chinês mostra que as sociedades humanas terão que se reogarnizar, se reestruturem de forma a manter a economia com riscos mínimos à saúde da população. Voltar ao velho modelo se mostra cada vez mais inviável. E insano.
Você não imagina como está a situação nas escolas públicas. Antes da pandemia, muitos dos alunos só tinham algum tipo de limite, algum tipo de regra dentro da escola; imagine agora, quase dois anos sem o adestramento pedagógico? Muitos se recusam em usar as máscaras em sala de aula, as trazem sempre com o nariz descoberto. A todo momento, precisamos ficar chamando a atenção para que o sujeito (e a sujeita) recoloquem suas máscaras. Muitos não gostam, ficam bravos, até. E na escola em que leciono há vários casos dos chamados L.A., os liberdade assistida, bandidinhos recém-saídos da Febem, Fundação Casa ou coisa que o valha, e que são colocados dentro das escolas públicas pelos promotores das varas da infância e da juventude. A maioria não se emenda, é claro, continuam a vender suas drogas dentro da escola. imagina só você falando prum cara desse usar a máscara direito e ele se recusar.
Mas vamos que vamos, meu caro. Não há outra maneira.
Um bom Ano-Novo para você e todos os seus familiares. Que 2022 nos seja mais leve.
Abração.
Corremos risco de sermos mortos pelo vírus ou pela vacina?
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