Durante milênios, o planeta Krypton viveu sua glória e seu esplendor sob a batuta da autocrática dinastia El, da qual, para nós, Kal-El é o filho mais célebre, e que, por aqui, em terras de Sol amarelo, atende por Clark Kent, o Super-homem.
Até que, um dia, uma desestabilização do núcleo do planeta (não me lembro do que a ocasionou) provocou a explosão de Krypton, que deixou de ocupar seu lugar na órbita do sol vermelho Rao, passando a vagar pelo Universo na forma de destroços espaciais. Destroços que, volta e meia, vêm dar aqui na Terra, fotografias verdes de um passado glorioso.
Analogamente, existiu, um dia, o Planeta Macho, que também viveu milênios de auge e de grandeza sob o comando do macho das antigas, do macho de respeito. Áureos tempos em que ser macho era virtude e que virilidade e pelos no saco e no sovaco eram motivos de orgulho, tempos em que ser homem não era considerado politicamente incorreto, em que exalar testosterona e exercer a sua legítima condição biológica não era visto como algo "tóxico".
Diferentemente, porém, de Krypton, o Planeta Macho não explodiu : foi sabotado e implodido de maneira canalha e sub-reptícia. Creio que a sua ruína e o seu desmoronamento tenham se dado, ou começado a se dar, entre fins da década de 1990 e auroras dos anos 2000. Foi desestabilizado lentamente e jogado fora de sua órbita pelo advento da ideologia esquerdista no Brasil, sobretudo por um de seus tentáculos mais podres e gosmentos, o feminismo/comunismo. O feminismo vermelho foi minando, solapando as bases do Planeta Macho até a sua total fragmentação.
Seus destroços, feito os de Krypton, também continuam a vaguear pelo cemitério sideral dos planetas póstumos, sendo encontrados e recolhidos, vez ou outra, por velhos cosmonautas que escaparam com vida da implosão do Planeta Macho.
Topei com um desses fragmentos, com uma dessas kryptonitas, neste fim de semana. A dar uma geral numas gavetas há muito não abertas, para ver o que poderia ser descartado, dei de cara com um fragmento do Planeta Macho : uma série de tampinhas de garrafa da cerveja Kaiser, da década de 1990, da época do antológico "Baixinho da Kaiser".
Uma série promocional de tampinhas impensável de ser viabilizada nos dias de hoje, sob a pena de irem para o xilindró os publicitários que a criaram e o diretor da empresa que contratou a campanha.
Na parte de fora da tampinha, o normal, o logotipo da Kaiser, e na parte de dentro, protegidas por aquele círculo de plásticos, fotos de gostosas de biquíni. Uma mais suculenta e peituda que a outra; acho que eram um total de treze delícias. Bem que tentei completar a coleção, mas o meu inseparável azar me fazia tirar mais tampinhas com a foto do Baixinho do que com as estampas das gostosas. Ainda assim, conseguia juntar algumas, sete gostosas, justamente as que eu encontrei no fundo da gaveta.
Na parte de fora da tampinha, o normal, o logotipo da Kaiser, e na parte de dentro, protegidas por aquele círculo de plásticos, fotos de gostosas de biquíni. Uma mais suculenta e peituda que a outra; acho que eram um total de treze delícias. Bem que tentei completar a coleção, mas o meu inseparável azar me fazia tirar mais tampinhas com a foto do Baixinho do que com as estampas das gostosas. Ainda assim, conseguia juntar algumas, sete gostosas, justamente as que eu encontrei no fundo da gaveta.
Verdadeiros e inestimáveis registros arqueológicos do Planeta Macho, as tais tampinhas.
Aí estão, tem a Babi, a Fran, a Majô, a Simone, a Gabi, a Marcele e a Paty.
Bons tempos de nossa publicidade, bons tempos...
2 Comentários
Rapaz, isso é muito legal! Nunca jogue fora, pois é o tipo de coisa que ninguém tem e que define uma época, uma cultura, etc. Não deixa de ser divertido pensar que se existiu o baixinho da Kaiser, hoje existe o Lulu da Itaipava. Que, como diria o Paulo Silvino, "é uma bichona".
ResponderExcluirRapaz, raramente vejo televisão; canal aberto, então, só se o médico receitar. Não conhecia o tal Lulu da Itaipava. Fui ver quem era e era o Lulu Santos. Pããããããããta que o pariu!!! Tempos tristes, estes em que vivemos.
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