Manténs agora tua secreta base,
De localização e acesso criptografados de mim?
De que janela orbital,
Inatingível por meu binóculo indiscreto,
Agora te exibes túrgida e distraída
Para algum cosmonauta pervertido?
Em qual dos teus velhos carnavais,
Dos teus salões sem atmosfera e gravidade
Bailas e flutuas alheia a mim?
Com qual dos teus eclipses,
Das tuas máscaras negras,Passas por mim
Disfarçada,
Foragida,
Magoada?
Com que Arlequim te iludes
Te divertes e te embriagas
A pensar que não pensas mais em mim?
Com que lança-perfume fantasias,
Com que fantasia te entorpeces
Quando finges que não é minha a tua luz
E que não controlas meus humores,
As minhas marés?
3 Comentários
Você é um sniper da poesia! Sempre acerta na mosca. Muito bom!
ResponderExcluirVelhos carnavais, meu caro, velhos carnavais, que sempre nos assombram nestes tempos de fantasias esfarrapadas.
ExcluirFazia praticamente um ano que não dava uma olhada por aqui, pensando que não pensava mais em ti.
ResponderExcluirPuta que o pariu.
Sniper.