Ela se acha a tal,
A maioral,
Intelectual
(mal tem o 2º grau; quiçá o Mobral),
Mas seu único talento é correr atrás de pau
Ela se diz solícita,
Boa ouvinte,
Amiga dedicada
(caninana, com o dedo sempre sujo de sangue das feridas alheias que tem por esporte cutucar),
Porém, posa sempre de injustiçada,
Uma vítima,
Traída e ludibriada
Por machos que nem conhece
E os quais tanto deseja em seu rabo.
Deixemos a pobre com suas ilusões,
À espera e à esperança de seu Uber de abóbora.
Não lhe revelemos que nunca foi querida,
Apenas tolerada
(até pela mãe e irmãs, enquanto ela lhes for de alguma utilidade, serviçalidade)
E que paciência
Um dia chega ao fim.
Empoderada,
Megalomaníaca,
De voz mole, pastosa e pedante,
Considera-se uma autora.
Escreve, revisa, edita, diagrama e se autopublica :
Uma Paulo Coelho de si mesma.
(embora, até o canastrão Paulo Coelho lhe seja largamente superior).
Deixemos, pois, a donzela com seus sonhos de grandeza,
Em seus salões de baile de seu hospício particular.
Não lhe revelemos que ela
É apenas um toba sujo e desprezado
Pelas rolas nas quais tanto anseia em se empalar.
6 Comentários
Porra!
ResponderExcluirEsse porra significa bom, ruim ou, simplesmente, porra?
ExcluirFoi um "porra" de surpresa, um "Poorra!!!!" E ficou engraçado, mesmo sem imaginar quem é a homenageada.
ResponderExcluirConheci um Cinderelo assim na Internet.
ResponderExcluirBelo poema, como sempre.
Abç
Rapaz, você também? Que coincidência, hein? Tá cheio dessas gatas "porralheiras" na net, né?
ExcluirAbraço.
Cara, de vez em quando passo por aqui mas nunca ri tanto como agora. Muito bom kkkkkk q Cinderela é essa hein
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