Ah, Se Eu Tivesse Uma Bucetinha...

A Agrishow é uma feira internacional de inovações e de tecnologias agrícolas e pecuárias realizada anualmente na cidade de Ribeirão Preto, SP. É tida como a segunda maior do mundo em seu setor e a maior da América Latina. Nela, toda a sorte de novidades tecnológicas do ramo de maquinários, suplementos, implementos e insumos agropecuários podem ser encontradas. E, sobretudo, negociadas. Todos os anos, a Agrishow movimenta milhões e mais milhões de dólares em negócios relacioanados ao campo.
Neste ano, no decorrer desta semana, o meu corno amigo Fernandão, recém-estabelecido no agronegócio, no ramo da produção de mudas de cana-de-açúcar, esteve na Agrishow. Se como visitante, se como expositor, não sei ao certo, mas sei que ele a frequentou por uns dias. 
Fernandão visitou a Agrishow e viu até o Mito, que por aqui esteve na segunda-feira, 25/04. O Cavalão, montado a cavalo, passou a poucos metros de onde estava o Fernandão.
Mas o principal : o Fernandão visitou a Agrishow e constatou in loco a veracidade de um rumor que se instalou em torno da feira desde a sua primeira edição, lá pelos idos de 1994. O rumor de que um outro setor da economia, além do do agronegócio, também fatura horrores durante a exposição, uma atividade paralela cujo faturamento nunca foi oficialmente contabilizado, mas que, ao que tudo indica, movimenta cifras tão ou até mais altas que as dos maquinários e demais parafernálias agrícolas. Um setor que segue sempre com grande pujança. Que nunca experimentou crise nem recessão. O bom e velho nicho econômico da buceta!!! Da putada! Da prostituição de luxo, no caso da Agrishow. Que puta rampeira não passa nem na frente dos portões da Agrishow. É só a tropa de elite da profissão mais antiga do mundo. Só papa-fina, como se dizia antigamente.
Tanto que sempre correu pelas ruas sujas da cidade que, em tempos de Agrishow, bordéis e cafetinas que atendem ao high society ribeirão-pretano se veem obrigados a importar putas de outras cidades e regiões. Em tempos de Agrishow, a produção do mercado local não supre a demanda pelo produto. Vem puta da Bahia, do Tocantins, de Santa Catarina, do Espírito Santo, "do" Goiás. Vem puta da puta que o pariu!!! Vem puta até do Acre, que fica um pouquinho ainda pra lá da puta que o pariu!
Mulheres cujos honorários alcançam fácil a casa das unidades de milhar; quiçá, a depender das vontades do freguês, a das dezenas de milhar. Mulheres que nasceram com talões de cheque em branco e maquininhas de débito no meio das pernas.
Muitas delas, como fachada, empregam-se como demonstradoras dos stands das empresas participantes. Elas mostram o maquinário ao cliente e já acertam o programa. O cara compra uma colheitadeira e leva de brinde uma buceta gourmet!!! O cara adquire um lote de sementes de soja híbrida, geneticamente modificada e o escambau e leva de quebra um peitinho turbinado e um cuzinho artesanal!
Aí, nem é mais agronegócio! É abro-o-negócio!!!
Pããããããta que o pariu!!!!
O Fernandão me enviou fotos de algumas dessas musas do agronegócio e, realmente, são de fazer se babar qualquer velho babão.
Sem contar que o agronegócio, aliado ao abro-o-negócio, esquenta também os ganhos da indústria farmacêutica, o setor das camisinhas e das pílulas paudurescentes. Que nós, meros mortais, nós que não somos oficiais das gloriosas Forças Armadas, temos que arcar, de nossos próprios bolsos, com os custos do viagra nosso de cada dia.
Mas, enfim, toda essa história da Agrishow me fez lembrar de uma piada. Uma piada que fica também à guisa de um alerta para os que se utilizam dos dedicados serviços dessas donzelas,  belas, recatadas e do lar.

"O cara foi à Las Vegas. Não muito afeito nem familiarizado com os principais jogos de azar de um cassino, resolver arriscar uns caraminguazinhos no caça-níqueis. E tirou a sorte grande. Ganhou uma pequena bolada. Um bom dinheirinho, é verdade, ainda mais que inesperado. Mas também nada que pudesse mudar ou resolver a sua vida. Assim sendo, decidiu gastar tudo ali mesmo, em Las Vegas.
Pegou o carro e saiu a rodar à procura de uma puta. Uma puta de luxo. Como ele sempre vira nos filmes. Uma puta hollywoodiana. Uma bela mulher, uma Júlia Roberts. Dirigiu seu carro a uma região mais abastada da cidade e logo encontrou o que desejava. Numa esquina, com um prédio de uns 10 ou 12 andares de apartamentos de alto padrão e repleto de carrões importados e de luxo em suas garagens, estava a tão cobiçada beldade, a rodar a sua bolsinha - Louis Vuitton, of course! Uma deusa ianque do asfalto e do neon. Alta, magra, esguia, loira, peitudíssima.
Parou o carro, a puta entrou e começaram a rodar. Ele falou que ganhara um dinheirinho no cassino e que queria gastá-lo com os serviços dela.
- Você quer começar com o quê? - perguntou a puta
- Acho que, para começar, pode ser uma punhetinha, né?
- Mil dólares - decretou a puta.
Puta que o pariu!, pensou o cara. Mil dólares por uma bronha?
Percebendo o estranhamento e a indecisão do cara, a puta falou:
- Eu sei que é caro, mas vai ser a melhor punheta que já te tocaram na vida. Nem você mesmo jamais bateu uma punheta tão boa pra você.
Notando ainda um resto de descrédito no semblante do cara, a puta jogou sua cartada final :
- Lembra da esquina em que você me pegou? Daquele prédio com um monte de carrões de luxo na garagem? Então.. São todos meus. Todos comprados só com o dinheiro que eu ganho com punheta. Tudo o que eu ganho com punheta, eu invisto em carros de luxo.
O cara capitulou. Deu lá o milão pra puta. E foi dito e feito. O cara nunca imaginou que uma punheta pudesse atingir tal grau de expertise. Ficou extasiado. Embevecido. Estava até pensando em já pedir a puta em casamento e etc e tal.
Falou pra puta que ainda tinha um dinheiro pra gastar e que ia querer mais, mas propôs que dessem uma volta pela cidade, que conversassem mais, que ela lhe mostrasse uns pontos turísticos, o tempo para ele recarregar as suas baterias.
Quarenta minutos, uma hora depois, o cara tava de pau duro de novo, e falou pra puta que ia querer uma chupeta.
- Cinco mil dólares - sentenciou a puta.
Caralho!, pensou o cara. Cinco mil trumps por um boquete? Cinco mil eram tudo o que restava a ele. Nesse momento, ele compreendeu aquele célebre ditado : o que acontece em Las Vegas, fica em Las Vegas.
A puta, de novo, apressou-se em vender o seu peixe.
- Sei que é caro, mas vai ser a melhor chupeta que você já recebeu. Lembra daquele prédio com a garagem cheia de carros de luxo? Aquele prédio inteiro também é meu. Comprei só com o dinheiro de boquete. Todo o dinheiro que eu ganho com boquete, invisto em imóveis.
O cara deu o cincão pra puta e foi levado aos píncaros da glória e do prazer. Jamais ele poderia ter imaginado tamanha perícia coordenada de lábios, dentes, língua, garganta e esôfago.
Sem mais dinheiro e findo o serviço, a puta pediu que ele a deixasse no lugar onde a havia pego. Assim que a puta começou a descer do carro, o cara falou:
- Olha, me baseando no valor da punha e da chupeta, eu sei que nunca terei cacife para isso, mas só por curiosidade : quanto é para meter na bucetinha?
- Bucetinha, meu amigo? - falou a puta. - Se eu tivesse uma bucetinha, eu seria o dono dessa cidade."

Pãããããããta que o pariu!!!!!!

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7 Comentários

  1. A vida é curta e o $$ está aí para ser gasto. Há pessoas que vivem existências franciscanas apenas para deixar gordas heranças.
    O importante é q a Agrishow movimentou a economia.
    Cara, essa piada do final é clássica.

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  2. Genial a piada haha se é que é piada! Mas, insuperável, foi a sacada verbal de abro o negócio, muito boa.

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    1. Que é piada, é. Mas que também deve ter acontecido com alguém, é certeza.

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  3. Não sei se a própria Albertina ainda é viva, mas o puteiro dela ainda existe, sim. A lenda, ou não, que corria era exatamente essa, que ela só trabalhava com meninas de "família", com universitárias da Unaerp etc

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    1. "mas o puteiro dela ainda existe, sim"

      Fale-nos mais a respeito...

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    2. Essa Albertina é uma lenda na cidade e constatei, depois de ter respondido ao Fabiano, que ela ainda está viva, com mais de 80 anos, mas viva. Ela foi a precursora da prostituição de luxo na cidade. O nome do puteiro dela é o Baton Rouge.
      Se quiser ter uma noção :
      https://www.instagram.com/albertinaclub/?hl=pt
      https://albertina.club/

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  4. Grande amigo e corno Azarão, fico feliz em ver um texto seu sempre bem humorado. Sempre que se fala em buça vc se anima, não sei se pratica mais o esporte, mas pelo menos se anima. E a feira realmente é um show a parte. Mesmo em tempos difíceis, esse é um mercado sempre em alta (mais também tem baixas, morenas, loiras, ruivas....tem pra todos os gostos e bolsos).
    Grande abraço por trás do sempre pirocudo amigo aqui.......

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