O álcool
Não é amigo que se sente comigo
Para tomar umas
E ocupe uma cadeira vaga
À mesa da minha existência.
Não é amante
Que preencha o catre vazio do meu ser. 
É só fogueira mortiça,
Que adia a hipotermia;
Lampião aromático de querosene,
Que negocia tréguas com a cegueira definitiva;
Esferas de naftalina,
Que impedem que as baratas se aproximem o bastante
E roam os dedos dos meus pés. 
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