Saudades, meu bem,
Saudades.
Saudades de quando nem sabíamos que nos amávamos,
E já.
Saudades, meu bem,
Saudades.
Saudades de quando, impedidos de nos amarmos,
Achávamos que sempre nos amaríamos.
Saudades, meu bem,
Saudades.
Saudades de quando resolvemos poupar nosso amor em nitrogênio líquido,
Esperma e óvulo hibernando na geladeira de um laboratório,
Crentes que, em tempos menos estéreis,
Nos fecundaríamos.
Saudades, meu bem,
Saudades.
Saudades de quando o Universo
Tinha sido recém-descabaçado pelo Big Bang.
3 Comentários
De todos as coisas coloridas desse mundo azul
ResponderExcluirNenhuma delas me faz falta
A não ser o branco cru dos teus olhos
E o preto da tua alma
Bem sabes que não sou alguém que nasceu pra saudades
Mas pra agonizar de prazer
E morrer de amor
Este poema tem a delicadeza de uma joia, o brilho do jade, a beleza de um jasmim e talvez tenha sido escrito por uma jovem inspirada. Quem sabe?
ResponderExcluirQuem sabe...
ExcluirO Sombra sabe...
Uma jovem inspirada, transpirada e, sobretudo, molhada, asseguro-vos eu.
O Azarão provoca esse efeito...