É a Podridão, Meu Velho (17)

A Estrela d'Alva,
Que no céu desponta?
A alfa de Centauro?
O irascível e sanguíneo Ares?
Um teco-teco em pane?
Uma coruja com olhos de led?
Um morcego com restos secos de neon nos cantos da boca,
Sugado das bundas de pirilampos de programa?
Um balão metereológico?
Quiçá, um de São João?
(olha pro céu, meu amor, vê como ele está lindo, olha praquele balão multicor, como no céu vai subindo)
Um disco voador?
Uma parideira nave-mãe?

Nada!

Provável e certamente
Só um embaçamento da visão,
Só um borrão luminoso,
Filho de uma catarata que se anuncia.
(não há mistérios, segredos, poesia, mitologias e contatos extraterrestres do terceiro grau na senescência; o Universo não se interessa nem encena strip-teases para a decrepitude)

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