Manuel Bandeira, o meu modernista preferido.
DESENCANTO 
Eu faço versos como quem chora 
De desalento… de desencanto… 
Fecha o meu livro, se por agora 
Não tens motivo nenhum de pranto. 
Meu verso é sangue. Volúpia ardente… 
Tristeza esparsa… remorso vão… 
Dói-me nas veias. Amargo e quente, 
Cai, gota a gota, do coração. 
E nestes versos de angústia rouca 
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca :
 - Eu faço versos como quem morre.

2 Comentários
Bateu até uma saudade do "todo castigo pra corno..." Põe aí um musicão.
ResponderExcluir"J"
também tô com saudade do todo castigo pra corno é pouc, alíás tô com saudade de mim nesse blog...
Excluirvou tentar providenciar